Biografias Napoleão Bonaparte
1. Nasce um corso
Nome: Napoleão Bonaparte
Local e ano do nascimento: Ajaccio, Córsega, 1769
Local e ano do falecimento: Ilha de Santa Helena, 1821
“Vemos em Napoleão a relação necessária entre o mais alto e o mais terrível homem […] Atividade superior e saúde são sinais de grandeza; retidão e grande estilo se redescobrem na ação; o mais poderoso de todos os instintos, o da própria vida – o gosto pela dominação, – calorosamente recebido.”
Friedrich Nietzsche
Em algum ponto situado entre o sudeste da França e o noroeste da Itália se encontra a ilha chamada de Córsega. Foi colonizada pelos romanos no séc II a.C. e por tempos saqueada pelos sarracenos, o que levou os habitantes a se colocarem sob a proteção do Papa, que conferiu a ilha ao governo de Pisa. Esta, por sua vez, a perdeu para Gênova, que acabou por entregá-la para a França em 1768 em cumprimento ao Tratado de Versalhes.
Foi nesta ilha rochosa de idioma italiano que nasceu Napoleone Buonaparte, que viria a ser um dos maiores estadistas do século XIX.
Seu pai, Carlo Maria Buonaparte (1746-1785) estudou direito em Roma e Pisa, voltando em seguida para exercer a profissão em sua terra natal, Ajaccio, capital da Córsega. Casou-se em 1764 com uma bela jovem de 14 anos, chamada Letizia Maria Romolino (1750-1836), e com ela teve 13 filhos, dos quais cinco morreram antes de completar um ano. Napoleão nasceu no dia 15 de agosto de 1769 em Ajaccio.
Pouco depois do nascimento de Nabulio, como era chamado Napoleão, Carlo Buonaparte foi nomeado para o conselho de Ajaccio, o que possibilitou conseguir educação gratuita para seus filhos, e com 10 anos de idade, Napoleão foi aceito na Escola Militar Preparatória de Brienne, no norte da França.
Em uma escola pertencente à alta aristocracia, o jovem Napoleão se sentiu extremamente marginalizado. Devido à sua baixa estatura (1,58 m) e à sua aparência franzina, foi apelidado de “o Pequeno Corporal”. Como não tinha amigos em seu meio, se entregou profundamente aos estudos e se sobressaiu em matemática. Quando completou quinze anos se matriculou na Escola Militar de Paris, fundada por Luís XV. Em 1785, tentou matricular-se na marinha, mas como naquele ano os exames para aquela área tinham sido cancelados, optou por ingressar na artilharia, a fim de não ficar mais um ano na escola, e com 16 anos foi promovido a segundo-tenente, destacado para servir em um regimento em Valence, no sudeste da França.
Com o advento da Revolução Francesa em 1789, Napoleão requisitou uma licença do exército francês e retornou para a Córsega, onde atuou no movimento revolucionário corso como tenente-coronel da Guarda Nacional. Findada sua licença em 1792, recusou-se a retornar para França, e foi considerado desertor, mas seu irmão o convenceu a retornar a Paris, onde prestou suas explicações ao Ministro da Guerra. Suas argumentações foram tão boas que logo foi reintegrado ao corpo militar, promovido como capitão.
Quando em 1793 eclodiu a guerra civil na Córsega, Napoleão trouxe sua família para França, e foi neste mesmo ano que sua carreira deu uma guinada fantástica.