A colorida biblioteca PICCOLOMINI

Já fazia um tempo que estávamos perdidos entre as colunatas alvinegras do Duomo de Siena sob seu céu de estrelas quando entramos na Biblioteca Piccolomini, cujo acesso se dá pelo Duomo, conhecida também como a Biblioteca do Papa.

A moça que recolheu os nossos ingressos, muito educada, perguntou de onde nós éramos; do Brasil, respondemos e ela replicou, ah! Os espanhóis passaram por lá!

Não senhora, fomos colonizados (ou explorados, vai de interpretação) pelos portugueses por isso, inclusive, falamos português. Ela riu de sua gafe, é verdade, nos disse, eu sabia! Nós rimos junto com ela, que foi simpática afinal, apesar de seu equívoco.

O interior da Biblioteca Piccolomini
Biblioteca Piccolomini
O colorido teto da biblioteca

Biblioteca Piccolomini
Um das muitas cenas retratadas da vida do papa Pio II

Os afrescos que adornam a biblioteca são do princípio do século XVI e foram pintados por Pinturicchio e retratam cenas da vida do papa Piccolomini, o Pio II, como celebração de noivados, por exemplo.

Eu achei este pequeno espaço colorido, sensacional. Amo os livros e as inúmeras possibilidades de viagem que eles guardam. Amo a ideia de pegar carona nas palavras de um autor, na forma como eles fazem com que as histórias cheguem até nós, o formato, as cores, o ritmo de seus personagens.

Biblioteca do Papa
Biblioteca Piccolomini
Cenas da vida do Papa Pio II

Biblioteca Piccolomini
Livros, muitos livros

Por isso, eu acho, gostei tanto da casa de livros do papa Pio II. Em tempo, gosto também, e muito, de narrativas feitas através de imagens.

Para completar a minha satisfação de estar naquele ambiente pequeno e magnifico não havia mais ninguém além de nós dois, Léo e eu, então o tempo era inteiramente nosso. E nós o paramos, por alguns minutos, para apreciar tanta beleza secular.

Deixamos, não sem certo esforço, a Biblioteca Piccolomini e o Duomo.

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Afastamo-nos do Duomo
Biblioteca Piccolomini
Deixando o Duomo

Biblioteca Piccolomini
A caminho da Cripta e Batistério, com as cores de Siena já mais suaves

Afastamo-nos do Duomo e tomamos o rumo da Cripta e do Batistério: as luzes de Siena já estavam mais suaves, indicando que o dia começava a despedir-se. Nosso tempo na cidade estava acabando e ainda havia muito por ver, mas eu sabia que não teríamos espaço para conhecer tudo. O resto da cidade teria que ficar para outra oportunidade.