Pequim, um estado de espírito

Pequim, um estado de espírito
Além da arquitetura futurista, há uma cidade envolvente, com galerias de arte que ocupam fábricas antigas e cafés que apresentam festivais literários

Enquanto a cidade surge à minha frente, o sol desfaz a neblina da manhã. Observando os arranha-céus de vidro, sinto-me como se estivesse entrando em uma floresta de espelhos, lutando para reconhecer alguma coisa da Pequim onde estive pela última vez há 15 anos. “Grande demais, barulhenta demais e rápida demais”, digo a mim mesmo.

Perto do aeroporto, condomínios com nomes como Yosemite e River Garden – inspirados certamente no estilo americano – são redutos de comunidades de expatriados da elite chinesa. Um pouco mais à frente, intermináveis complexos industriais e quarteirões de prédios públicos, cortados por rodovias, ocupam o território. As tradicionais bicicletas foram substituídas por 5 milhões de carros e, à primeira vista, essa nova Pequim pode ser um lugar poderosamente alienador – a megacidade asiática se afogando no seu próprio sucesso –, com seus quase 20 milhões de habitantes.

Até o início dos anos 1990, Pequim já havia escapado das restrições do rígido maoísmo, mas ainda era austera e a corrida impetuosa pela riqueza não tinha começado. Naquele tempo, pechinchar no velho mercado de antiguidades de Panjiayuan ou vasculhar as barracas na Yabao Road, esbarrando em comerciantes turcos que chegavam no Expresso Trans-Siberiano para comprar roupas em quantidade, era o suficiente para girar a economia. Agora, andando pela rua perto de meu hotel, em Sanlitun, contemplo uma Pequim inteiramente nova: um lugar de concreto, vidro e ângulos agudos, transbordando de marcas ocidentais e bares da moda. Carros de luxo passam velozes transportando os novos senhores da China. Alguns subiram na vida por meio de trabalho duro, sorte e astúcia, outros pertencem à classe conhecida como a dos “principezinhos” – são parentes e amigos da elite do partido que fizeram fortuna graças às ligações com o poder. Durante as últimas duas décadas, as máquinas escavadeiras destruíram muitas hutongs, as ruas estreitas que haviam sobrevivido à ascensão e queda de dinastias, mas não resistiram ao capitalismo.

Almoço numa casa de noodles na qual o prato principal é Malan, um noodle feito à mão e vindo do norte da China. Enquanto como, ouço a guia e escritora Lijia Zhang dizendo que entendi tudo errado. “Dê uma chance, espere alguns dias. Juro a você que há outra cidade.”

Literatura
Lijia mora em uma vila poeticamente chamada Jiuxianqiao, ou “Ponte do Deus do Vinho”, uma área de ruas estreitas e casas baixas de tijolos aparentes, distante mais ou menos 15 minutos a pé da agitação louca de Sanlitun. Ali, você atravessa um portal e cai numa cidade que resiste teimosamente ao avanço agressivo da modernidade. Homens idosos se reúnem nas esquinas para jogar xadrez e famílias passeiam ao entardecer. Por uma janela aberta, o aroma de alho fritando em óleo quente deixa meus olhos cheios d’água. Enfim, Pequim relaxa da tensão do dia.

Como muitos moradores da capital, Lijia não é nativa. Cresceu em Nanquim, a antiga capital imperial, no delta do rio Amarelo e sua história é típica da China moderna. Ela era uma estudante promissora e apaixonada por literatura inglesa, mas a pobreza a obrigou a deixar a escola aos 16 anos para trabalhar numa fábrica. Em uma década, porém, as reformas econômicas criaram oportunidades para os chineses jovens e cheios de energia. Ela largou o penoso trabalho industrial e se mudou para Pequim. Quando eu a conheci, ela ainda trabalhava como tradutora para jornalistas estrangeiros, no início de sua carreira como escritora. Era uma jovem com risada contagiante e senso de humor irreverente. Quinze anos depois, Lijia é a respeitada autora de uma autobiografia que virou best-seller, ironicamente titulada O Socialismo é Ótimo. Atualmente, ela está escrevendo um romance sobre prostituição e também trabalha como guia de viajantes que desejam mergulhar na rica herança intelectual de Pequim. “Se você vem para cá como turista, o perigo é conhecer apenas os grandes hotéis e shoppings e fazer um passeio rápido pela Cidade Proibida, ou pelo velho Palácio de Verão”, diz ela.

Numa noite em sua casa, intelectuais se reúnem. A mesa de jantar está repleta de pratos chineses originais: há feijão verde frito com carne de porco moída; um picante gong bao (cubos de frango fritos com amendoim e pimentas), prato já denunciado pelos maoístas como politicamente incorreto por causa de sua associação com a China imperial; e ovos cozidos temperados com cinco ervas diferentes e com um aroma de anis e canela. Sento-me ao lado do jornalista Raymond Zhou, cujas colunas combativas no China Daily alcançam milhões de leitores diariamente. De temperamento tranquilo e cordial, mas com humor afiado, Zhou analisa as pressões de uma cidade que passa por uma rápida transformação. “A China está tomada pelo ódio, é quase uma metralhadora descontrolada atirando contra qualquer alvo que se move”, escreveu ele. Segundo Zhou, há uma lista de figuras odiadas, como os ocidentais, as autoridades, as celebridades, os velhos, os jovens, os ricos e os pobres. “E odiamos a nós mesmos porque nosso incansável impulso para uma vida melhor parece não estar nos levando a lugar algum.”

The Bookworm é a primeira livraria de língua estrangeira de Pequim. Ali, jovens chineses se misturam com expatriados em meio a café, vinho, prosa e verso. A gerente Alex Pearson, cujo pai era diplomata nos anos 1980, também fundou a primeira feira de livros internacional de Pequim. “Parece que o tempo está passando muito rápido e há um grande número de pessoas interessantes e estimulantes. Essa é uma cidade fantástica para experimentar ideias e um ótimo lugar para estabelecer negócios, e de vez em quando perdê-los.” Na abertura da feira de livros, a “sensualista” Hong Ying, que já foi processada por supostamente difamar um escritor de contos falecido, dividiu o palco com um escritor argentino de histórias policiais. Na mesma noite, o romancista húngaro Peter Zilahy contou histórias sobre a loucura totalitarista de sua terra.

Em Pequim, as pessoas estão constantemente sob a tensão entre o velho e o novo, entre as restrições oficiais e a aspiração à liberdade artística. Um amigo cineasta que morou décadas na metrópole explica essa sensação: “Constantemente o artista estende os braços para ver qual é a distância das barras da prisão”. Os acontecimentos da Primavera Árabe levaram as autoridades a temer uma retomada do ativismo pró-democracia, como ilustra a prisão do artista e ativista Ai Weiwei. Mas sinto que estou testemunhando algo muito especial e duradouro: um florescimento cultural ignorado pelo mundo ocidental obcecado pela economia.

Sigo para o Art District 798, em Dashanzhi, reduto do movimento artístico de vanguarda. Localizado num ex-complexo industrial construído pelos alemães orientais no estilo da Bauhaus, o lugar à primeira vista não é atraente: um conjunto de antigas oficinas e fábricas. Porém há uma concentração de ateliês de arte, galerias e espaços para apresentações, bares, restaurantes, livrarias, incríveis esculturas modernistas e delicadas pinturas de nanquim com raízes artísticas na tradição chinesa da caligrafia, que data de vários séculos antes de Cristo. A artista plástica e poetisa Fan Xueyi – que se apresenta como Sunlight, assim, em inglês – faz versos e imagens com água e nanquim. “Experimentando a poesia e a arte chinesa, um estrangeiro pode ver um pouco da essência de nossa cultura, que tem a ver com alcançar uma harmonia entre a vida e a natureza”, comenta Fan, pragmática ao refletir sobre o materialismo desenfreado da nova Pequim. “Você pode enriquecer rapidamente, mas não se sofistica no mesmo ritmo. Entretanto, quando ficam ricas, as pessoas precisam de coisas melhores na vida e aprendem a apreciar mais a arte. Isso impulsionará a arte na China.”

É impossível separar comida da arte em Pequim: a culinária chinesa é uma grande arte nacional. “Para o povo, a comida é o paraíso”, diz um antigo provérbio. Em outras épocas, experimentei fumegantes pratos de carne de porco no Cultural Revolution Restaurant, um empório de gosto moral questionável devido ao grande número de pessoas perseguidas naquele tempo. Devorei um cozido mongol enquanto escutava ópera de Pequim no salão de um pequeno café, tomei uma delicada sopa de tartaruga e assisti às dançarinas do grupo étnico Dai, da província subtropical de Yunnan, batendo asas como mariposas ao som de uma música antiga vinda de um velho gravador de fita cassete. O Mei Mansion, por exemplo, é uma das joias da arquitetura e da gastronomia tradicional de Pequim. Instalado em um pátio de 200 anos, seu nome é uma homenagem a Mei Lanfang, grande cantor de ópera da cidade que sempre fazia papéis femininos e, dizem, mantinha a aparência feminina evitando comidas gordurosas. Por lá, não são usados temperos picantes que encobrem o gosto da cabeça de porco cozida, das almôndegas e do caranguejo ou peixe cozido no vapor.

Mas minha experiência gastronômica favorita é passear por uma rua prosaicamente chamada de “Rua dos Petiscos”, no bairro de Dongcheng, ou pelo mercado noturno, que vibra com a agitação quando o sol se põe. Vendedores entusiasmados anunciam as iguarias vendidas em suas barracas: dos onipresentes noodles à picante sopa de Sichuan, passando por panquecas feitas com receitas de Shangdong e ainda por grilos e escorpiões fritos. Tendo Lijia como guia, posso entender as conversas descontraídas entre cozinheiros e clientes com sotaques de todas as regiões da China.

Em termos puramente econômicos, a Pequim do século 21 lembra o que Manhattan significava para as “massas cansadas e pobres” da Europa, numa época anterior. Pequim é como um ímã gigante que atrai pessoas do vasto território chinês, em uma das maiores migrações da história humana. De acordo com uma pesquisa recente, um em cada três pequineses é trabalhador migrante, e muitos são empregados em indústrias de serviços. Eles formam um exército silencioso que varre as ruas, serve as mesas e limpa quartos de hotéis. O estado tentou conter o fluxo, limitando o número de licenças para residência a recém-chegados. Mas eles continuaram chegando. Porém, enfrentam um grande desafio: a educação. Em Pequim, há 300 escolas de migrantes atendendo 500 mil crianças, que aprendem que dar duro na escola é o caminho para escapar da pobreza.

A estrada para a Escola Bowen corta campos empoeirados e zonas industriais no sudeste de Pequim. Quando chegamos, vejo dois meninos, com aproximadamente 10 anos de idade, correndo para entrar na escola, um prédio frio, com dois andares e cuja monotonia caracteriza a China das massas trabalhadoras. Esqueça a tirania da primeira aparência: os meninos avisaram seus colegas sobre a nossa chegada e somos recebidos por uma multidão vibrante de garotos. Eles batem palmas, gritam e se juntam em torno de nós como um mar em movimento. “Hello”. “What is your name?”. As palavras em inglês são pronunciadas com cuidado, e com prazer. Claramente, foi feito muito esforço para aprendê-las.

Estou aqui em uma visita do Beijing Buddy, um dos vários programas realizados pela Fundação das Crianças Migrantes que promove intercâmbio cultural entre estrangeiros e escolas. Helen Boyle, que dirige o programa, tem visto os estudantes crescerem com confiança: “Quando começamos a lecionar, há mais de um ano, eles não conseguiam, ou sequer queriam, falar e eram muito tímidos. Agora, conseguem formar frases e estão sempre muito entusiasmados”.

Sabendo do gosto chinês por lendas, conto algumas histórias de guerreiros ferozes, reis malvados, um príncipe jovem e valente e o inevitável triunfo do bem. Um voluntário chinês entusiasmado traduz e meus heróis são festejados. Meus vilões são vaiados e as risadas, ou mesmo os tímidos sorrisos, me acompanham durante todo o caminho de volta. Naquela tarde, visito o antigo Palácio de Verão, o Yihe Yuan (“Jardins da Harmonia Cultivada”), poderoso símbolo do orgulho nacional chinês restaurado. Ali, a imperatriz Dowager Cixi gastou uma enorme quantidade de dinheiro para reconstruir o complexo, depois que ele foi atacado por tropas aliadas vingativas durante a Rebelião dos Boxers, em 1900. Grupos de crianças passeiam por ali, sem dúvida sendo presenteados com histórias sobre estrangeiros malvados em tempos passados, e eles não prestam a menor atenção em mim. Sento-me à beira do Lago Kumming e, ao lado da imensidão de água, depois de todo o estímulo do dia anterior, tenho uma sensação de paz.

Pode ser que Pequim não conquiste seu coração imediatamente. É um lugar orgulhoso e desafiador, uma cidade de homens brutos e poetas, na qual a dura realidade e os sonhos se chocam diariamente. O passeio é entre o ontem e o amanhã, entre a história antiga e o futuro cada vez mais acelerado, e isso acontece quase sempre no mesmo minuto. E não há lugar algum – absolutamente lugar algum – parecido com esse no nosso mundo, ou no nosso tempo.

Em Pequim, o tradicional e o moderno fascinam quem a visita. Mercados de rua, palácios imperiais e construções envidraçadas representam a nova cidade

ESSENCIAIS

Como chegar

A Air China (via Frankfurt), a British Airways (via Londres) e a United Airlines (via Nova York) oferecem voos de São Paulo em torno de US$ 1.900.

Circulando

A rede de metrô de Pequim é a opção mais rápida para descobrir a cidade (US$ 0,30, o bilhete). Se quiser pegar um táxi, tenha o endereço de seu destino escrito em chinês.

Leitura adicional

Leve o guia Beijing City Guide ou o Beijing Encounter, de bolso, ambos da Lonely Planet. A Montanha e o Rio (Ed. Nova Fronteira) narra a história de dois irmãos que não se conhecem e se encontram nos momentos cruciais da história chinesa, no fim do século 20.

TRÊS MANEIRAS DE CONHECER PEQUIM…

Com economia

VER

No Art District 798 confira a moderna e mutante cena artística de Pequim. Tome um táxi no centro (cerca de US$ 5) ou um ônibus da linha 909 ou da 403 (US$ 0,16, partindo das estações de metrô Dongzhimen ou Beijing).

DORMIR

Com quartos adoráveis e localizado numa hutong, o City Walls tem jeito de casa tradicional de Pequim e fica a poucos minutos, a pé, do portão norte da Cidade Proibida (diárias a partir de US$ 56).

COMER

Os bolinhos Jiaozi são a quintessência dos petiscos de Pequim. O Niuge Jiaozi, a leste da Cidade Proibida, prepara dezenas de variedades (porções a partir de US$ 1,50; 85 Nanheyan Dajie).

VISITAR

O Mercado Panjiayuan é o melhor lugar para comprar arte e artesanato. Os vendedores podem começar pedindo dez vezes mais que o preço real, pechinche.

Com conforto

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Por trás das linhas modernas do Museu da Capital, há ótimas galerias, com porcelanas e outros tesouros (cerca de US$ 5).

DORMIR

O Park Plaza é uma descoberta que vale o preço. Fica perto da Praça da Paz Celestial, ao lado de um hotel parente, o luxuoso Regent Beijing (diárias a partir de US$ 128).

COMER

O pato do Beijing Dadong Roast Duck Restaurant é crocante, sem gordura e delicioso. O lugar está sempre cheio, portanto faça reserva (meio pato a US$ 15; 1º andar, Nanxincang International Plaza, 22 Dongsishitiao Lu).

VISITAR

Mistura de bar, café, restaurante e livraria, a The Bookworm é dirigida por Alex Pearson. Há um terraço para os dias de verão (pratos a partir de US$ 11).

Com luxo

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O esplêndido Palácio de Verão era a porta de entrada para o lago, nos tempos imperiais. Os moradores da Pequim moderna mantêm a tradição, com grande número de visitantes nos fins de semana e feriados (US$ 8).

DORMIR

O saguão extravagante, somado ao profissionalismo e à oferta de belos restaurantes, torna o St. Regis uma maravilhosa opção cinco estrelas. O hotel tem também um serviço de mordomo 24 horas.

COMER

O ambiente elegante do Dali Courtyard, numa casa reformada numa hutong, torna esse restaurante um lugar idílico para provar a culinária sutil da província de Yunnan (menus a partir de US$ 16; 67 Xiaojingchang Hutong).

VISITAR

O Atmosphere fica no 80º andar do hotel China World Summit Wing: visite-o para apreciar o lado cosmopolita de Pequim e imagens arrebatadoras da cidade moderna, enquanto toma um drinque.

PEQUIM IMPERIAL

A Cidade Proibida foi construída entre 1406 e 1420, e abrigou os imperadores da China, bem como seus ministros, cortesãos e eunucos, durante os 500 anos seguintes. O complexo é formado por 800 construções e 9 mil cômodos. O pátio em frente ao Hall da Suprema Harmonia já reuniu públicos imperiais de 100 mil pessoas. Dedique a metade de um dia à exploração desse vasto reduto de poder (US$ 6 no inverno, US$ 10 no verão).

Pouco mais de três quilômetros a sudoeste, o Templo do Paraíso era um local de rituais solenes realizados pelo imperador para garantir favores divinos. O maior destaque é o Hall de Orações por Boas Colheitas, com três níveis (US$ 5; Tiantan Gongyuan). A oito quilômetros dali, ao norte, o Templo Lama é um palácio imperial transformado, em 1744, em templo budista tibetano. Com luminárias acesas com manteiga de iaque e uma estátua de Buda de 18 metros de altura, talhada em sândalo, este é um lugar com uma atmosfera especial (US$ 4; Yonghegong).

XIAN

Não faltam operadoras que oferecem roteiros interessantes para a China. O Encantos Chineses, da Princess Operadora, dura 16 dias e inclui visitas às cidades de Pequim, Xian, Guilin, Hangzhou, Suzhou e Xangai.

GRANDE MURALHA

O roteiro China Rota da Seda, da Gladtur, é uma viagem de 16 dias por cidadezinhas como Turpan, Dunhuang e Urumqi, além de Pequim, para explorar ruínas e monumentos históricos.

XANGAI

Já a Visual Turismo tem um programa de oito dias, com passeios por Pequim, Xangai e Hong Kong e hospedagens luxuosas, como no Renaissance Beijing Chaoyang.

VISITAS A ESCOLAS

A Migrant Children’s Foundation é uma organização sem fins lucrativos apoiadora de escolas carentes de Pequim que acolhem filhos de trabalhadores migrantes – voluntários sempre são bem-vindos. O projeto Beijing Buddies é o mais flexível e envolve todo tipo de atividade, desde leitura de livros de história para crianças até atuar como juiz de jogo de basquete. O programa de um mês para voluntários é uma opção que exige tempo integral. A fundação oferece apoio na obtenção de visto, acomodação em Pequim e uma vaga para lecionar em escola local. Para mais detalhes, acesse o site da fundação.