O DRAMA BURGUÊS

O DRAMA BURGUÊS

I. Introdução A. Definição de Drama Burguês B. Origem e Contexto C. Características do Drama Burguês

II. O que é o Drama Burguês? A. Temas e enredos B. Personagens C. Estilo e tom D. Contexto histórico

III. O Drama Burguês na literatura mundial A. Exemplos clássicos B. Autores famosos C. Influência na literatura moderna

IV. Análise de peças do Drama Burguês A. “A Casa de Bonecas” de Henrik Ibsen B. “O Pai” de August Strindberg C. “Madame Bovary” de Gustave Flaubert

V. Críticas ao Drama Burguês A. Limitações temáticas B. Falta de diversidade C. Rigidez na estrutura dramática

VI. Conclusão A. O legado do Drama Burguês B. Possibilidades de renovação C. Reflexões finais

O Drama Burguês: uma análise da literatura mundial

O drama burguês é um gênero literário que surgiu no final do século XIX, durante o período de ascensão da classe média europeia. O termo “burguês” se refere à classe social que era predominante na época, e o “drama” se refere à forma teatral que o gênero utiliza.

O DRAMA BURGUÊS
O DRAMA BURGUÊS

O que é o Drama Burguês?

Temas e enredos

As peças do Drama Burguês costumam abordar temas relacionados à vida doméstica, conflitos familiares, questões de gênero, relações sociais e problemas cotidianos da classe média. Os enredos giram em torno de personagens burgueses e suas vidas privadas, revelando os dilemas e conflitos emocionais que enfrentam.

Personagens

Os personagens do Drama Burguês são, em geral, da classe média e representam a moral e os valores da época. Eles são retratados de forma realista, com suas falhas e virtudes, e suas motivações são profundamente exploradas. As mulheres, em particular, são frequentemente destacadas como personagens principais, lutando contra a opressão social e as expectativas de gênero.

Estilo e tom

O estilo do Drama Burguês é realista e psicológico, focado nas emoções e conflitos internos dos personagens. O tom é muitas vezes pessimista, destacando as limitações da sociedade burguesa e a falta de possibilidades de mudança. A linguagem é clara e direta, sem grandes elaborações poéticas.

Contexto histórico

O Drama Burguês surge em um momento de transição social e cultural na Europa, quando a classe média estava se consolidando como uma força política e econômica importante. O gênero reflete as tensões e incertezas desse período, bem como a busca por uma identidade social e cultural.

O Drama Burguês na literatura mundial

Exemplos clássicos

Algumas das peças mais famosas do Drama Burguês são “A Casa de Bonecas” de Henrik Ibsen, “O Pai” de August Strindberg e “Madame Bovary” de Gustave Flaubert. Essas obras retratam, de formas diferentes, as pressões sociais e as limitações enfrentadas pelas mulheres da época, bem como a hipocrisia e as falhas morais da classe média.

Autores famosos

Além dos exemplos clássicos, muitos autores famosos escreveram peças de Drama Burguês ao longo dos anos. Entre eles, podemos destacar Tennessee Williams, Edward Albee e Arthur Miller, que exploraram temas como a infidelidade, a crise familiar e a pressão social.

Influência na literatura moderna

O Drama Burguês também teve uma grande influência na literatura moderna, especialmente no realismo psicológico e no naturalismo. O estilo realista e a ênfase nos conflitos internos dos personagens foram importantes para o desenvolvimento do romance moderno, assim como a exploração das relações de poder e das tensões sociais.

Análise de peças do Drama Burguês

“A Casa de Bonecas” de Henrik Ibsen

“A Casa de Bonecas” é uma das peças mais famosas do Drama Burguês, escrita por Henrik Ibsen em 1879. A peça retrata a vida de Nora, uma dona de casa que vive em uma sociedade opressiva e machista. Quando seu marido descobre um segredo seu, Nora é forçada a confrontar a realidade de sua situação e a lutar por sua liberdade.

“O Pai” de August Strindberg

“O Pai” é uma peça de August Strindberg escrita em 1887. A peça conta a história de um casal em crise, em que o marido acredita que não é o pai de seu filho e a esposa se recusa a revelar a verdade. A peça aborda temas como a paternidade, a verdade e a identidade.

“Madame Bovary” de Gustave Flaubert

“Madame Bovary” é um romance escrito por Gustave Flaubert em 1856, mas que também pode ser considerado uma obra do Drama Burguês. O livro conta a história de Emma Bovary, uma mulher infeliz em seu casamento que busca a felicidade em casos amorosos e luxos superficiais. A obra retrata as limitações das mulheres da época e as consequências de buscar a felicidade fora dos padrões sociais.

Críticas ao Drama Burguês

Embora o Drama Burguês tenha sido uma importante forma de arte em sua época, ele também recebeu críticas por suas limitações temáticas, falta de diversidade e rigidez na estrutura dramática. Algumas críticas argumentam que o gênero retrata apenas a vida da classe média branca, negligenciando outras vozes e perspectivas. Além disso, a estrutura dramática do gênero é muitas vezes considerada previsível e limitante.

O drama burguês – No século XVIII, contudo, Denis Diderot enfatizou a necessidade de se produzirem peças teatrais voltadas para a classe burguesa e os valores do iluminismo. Para Diderot, o teatro deveria exercer uma função instrutiva, assumindo a missão de pregar a virtude aos seus espectadores. Dessa forma, era preciso afastar- -se da decadência moral da classe aristocrá tica e enfatizar os principais valores burgueses. Em 1758, Diderot escreveu 0 pai de família, peça que ficou conhecida como o primeiro drama realmente burguês. Nela, um pai de família tenta dissuadir seu filho e herdeiro de se casar com uma jovem de condição inferior. Quando a moça se revela verdadeiramente virtuosa, porém, o conflito se resolve e o pai finalmente concorda com o casamento. Os principais temas são a lealdade à família e o coroamento da virtude, elementos fundamentais da cultura burguesa. Outra importante característica da peça de Diderot é que seus diálogos foram escritos em prosa e não mais em versos, o que os tornou muito mais próximos da fala cotidiana das pessoas. Com o tempo, o drama burguês buscou cada vez mais a ilusão de realidade, com os autores esmerando-se para criar situações teatrais que pareciam diretamente tiradas da vida de pessoas reais.

As premissas de Aristóteles foram seguidas à risca pelos autores franceses, sobretudo a regra das três unidades, de acordo com a qual cada tragédia deve apresentar uma única ação principal transcorrida num único lugar em apenas um dia. Na verdade, o próprio Aristóteles não havia sido tão rigoroso no estabelecimento dessa regra. Os franceses, porém, a tomaram como algo obrigatório e escreveram suas tragédias obedecendo fielmente a esse princípio. Apesar dessa fonte clássica, a tragédia francesa foi uma expressão característica do barroco. Tratava-se de um teatro aristocrático, apresentado para as cortes e cujos personagens eram geralmente nobres. Além disso, os diálogos eram com postos em versos alexandrinos [de doze sílabas] e os figurinos eram bastante rebuscados, como é possível perceber na pintura de Antoine Watteau, na qual o artista representa atores franceses encenando uma tragédia. Os pais da tragédia clássica francesa foram Pierre Corneille e Jean Racine.

Conclusão

Apesar das críticas, o Drama Burguês deixou um legado significativo na literatura mundial, influenciando muitos autores e obras posteriores. O gênero explorou as tensões e contradições da sociedade burguesa e colocou em questão os valores e as expectativas sociais da época. As obras do Drama Burguês são importantes para entender as mudanças sociais e culturais da época, além de nos permitir refletir sobre questões atemporais como identidade, verdade, liberdade e poder.