Montanhas rochosas, trajeto encantado

Montanhas rochosas, trajeto encantado
A viagem de carro pelas Montanhas Rochosas, no Canadá, reserva boas surpresas mesmo aos viajantes acostumados às paisagens nevadas da região. Animais selvagens passeiam pela estrada, enquanto lagos cristalinos, que brincam com cores inimagináveis, deslumbram o olhar
John Lee
Mark Read
Vista do rio Athabasca, no Jasper National Park
Vista do rio Athabasca, no Jasper National Park
JASPER NATIONAL PARK
Os melhores animais selvagens
A viagem pelas Montanhas Rochosas começa em Jasper. O roteiro para chegar até lá abrange um voo para Edmonton, capital da província de Alberta, e dirigir durante quatro horas pela Highway 16, com destino a oeste

O vapor sobe da grama orvalhada ao longo da estrada, enquanto o sol descansa na floresta e nos picos recortados. De repente, um alce enorme para o trânsito na estrada que corta o Jasper National Park, o maior parque nacional das Montanhas Rochosas. Sim, os automóveis são permitidos por ali – e a presença humana é bem-vinda –, mas são os animais que ditam o ritmo no território. Além dos alces, outras feras desfilam tranquilamente por ali: ursos-pardos, ursos-negros e carneiros-selvagens também escolheram a região para moradia.

“Os engarrafamentos causados pelos animais são um problema”, comenta Wes Bradford, que já trabalhou como guarda florestal e monitora a estrada. “Os alces já me causaram muitas dores de cabeça, mas sempre os amei. Eles são animais majestosos!” Mas, talvez, esse seja o único lugar do mundo no qual os motoristas parecem não se importar com o trânsito.

Um pouco distante de Jasper, a única cidade do parque e que parece incrivelmente insignificante diante da grandiosidade da natureza, fica o lugar que os moradores escolhem para relaxar, na companhia de cervos, águias gigantes e lobos que passeiam na trilha ao longo da margem do rio. Aliás, é comum os lobos caçarem os carneiros-selvagens e o melhor lugar para observá-los é ao norte do povoado, em Miette Hot Springs, um discreto complexo de piscinas ao ar livre. Enquanto relaxam na água, os banhistas prestam atenção nos íngremes penhascos, onde se reúnem pequenos grupos de carneiros sempre alertas.

“Os meses de setembro e outubro são os ideais para observar os cervos no cio. Novembro é a época do cio do alce, quando os machos se enfrentam. E as duas últimas semanas de maio são perfeitas para ver ursos-pretos. Eles saem da hibernação e farejam comida. Mas é preciso tomar cuidado. Nada de sair do carro para chegar perto dos bichos. Lembro de um holandês que resolveu seguir um urso-preto entre as árvores. Voltou correndo para a estrada, perseguido pelo urso, que lhe deu uma bela mordida”, adverte Wes.

MAIS INFORMAÇÕES
• Site de turismo de Jasper

ONDE COMER

O Jasper Brewing Company é um animado bar-restaurante. Popular entre os moradores, é perfeito para saborear pratos típicos, como hambúrguer de búfalo (experimente) ou o clássico contrafilé Alberta, acompanhados de cerveja gelada. Peça a bebida fabricada no andar de baixo da casa, como a Rockhopper IPA e a Honey Bear Ale (pratos a partir de US$ 13).

ONDE FICAR

The Fairmount Jasper Park Lodge
A pioneira Canadian Pacific Railway construiu grandes hotéis pelo país para atrair viajantes abastados às suas ferrovias. Restam apenas três desses lugares na região de Banff e Jasper, e o The Fairmount Jasper Park Lodge é o melhor. A arquitetura lembra o de uma charmosa escola antiga, que divide a paisagem com o lago e as montanhas (diárias a partir de US$ 292).
Mark Read
Todo ano, Campo de Gelo de Columbia junta 7 metros de neve
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CAMPO DE GELO DE COLÚMBIA
A melhor geleira
De Jasper, siga para o sul pela Highway 93 (Icefields Parkway), num percurso de uma hora e meia até Icefield Centre

A subida da encosta da geleira de Athabasca é árdua. Nove turistas fazem o trajeto e, quando param para descansar, respiram ofegantes. A parada é a deixa para o efusivo guia Fridjon Thorleifsson apresentar-lhes o Campo de Gelo de Columbia, localizado ao redor. Com 200 km², tem seis tentáculos prateados, entre Jasper e Banff, e é a maior calota de gelo ao sul do Círculo Polar Ártico. “Dizem que o Campo de Gelo responde por 80% da água potável do Canadá. Mas, a partir dos anos 1920, boa parte de seu volume diminuiu. Atualmente, a cada ano, a geleira se move aproximadamente 20 metros para trás e está derretendo rapidamente”, diz o guia, mostrando uma fotografia amassada de décadas atrás, na qual uma faixa azul de Athabasca quase beirava a estrada (hoje, a estrada fica a uma boa distância).

O lento movimento das geleiras tem moldado a natureza acidentada das Montanhas Rochosas. Vista da Icefields Parkway – a estrada cujas paisagens são as mais belas do Canadá –, a paisagem é traduzida por picos cada vez mais largos, que se erguem como castelos em ruínas em cada lado do caminho. Os destaques da Parkway incluem ainda os lagos Peyto e Bow, alimentados pela geleira e de um colorido extraordinariamente azul-turquesa.

A principal atração da região é escalar as montanhas congeladas. Alpinistas obstinados passam mais de 15 horas subindo a face norte, quase vertical, da Athabasca. Mas os caminhantes moderados preferem uma subida tranquila, de 90 minutos, compensada por vistas espetaculares. Depois de quase 2 km de trekking, Fridjon, à beira de uma fenda, ajuda cada viajante a espiar um enorme buraco negro. “Se alguém cair ali, provavelmente será cuspido para fora”, brinca ele, sorrindo. A maioria das fendas são naturais, todavia, segundo Fridjon, as forças armadas canadenses já usaram a geleira para treinar bombardeios e é fácil encontrar na região restos de bombas enferrujados.

MAIS INFORMAÇÕES
• Icefields Parkway
• Ice Walk

ONDE COMER

Localizado na Icefields Parkway, o Crossing, aberto de abril a outubro, tem uma cafeteria, um grande salão de jantar, um bar com churrasqueira e um deque (pratos a partir de US$ 10).

ONDE FICAR

Num-Ti-Jah Lodge
O Num-Ti-Jah Lodge, datado da década de 30 e feito de madeira, é conhecido pela decoração eclética e por oferecer uma paisagem impressionante do lago Bow. Além dos 16 quartos – tente conseguir um com vista para o lago –, conta com o Elkhorn Dining Room, aquecido por uma lareira e no qual é servido um bom jantar, com quatro pratos. As paredes são enfeitadas com objetos típicos canadenses, incluindo uma coleção de cabeças de animais. Aberto apenas de maio a outubro (diárias a partir de US$ 209).
Mark Read
Enquanto o Sol se põe atrás das montanhas, o festival de cores atrai o olhar no Lago Louise
Enquanto o Sol se põe atrás das montanhas, o festival de cores atrai o olhar no Lago Louise
BANFF NATIONAL PARK
A melhor caminhada pela natureza
Continue pela Icefields Parkway (Highway 93) e depois pela Highway 1, sentido sul, até Banff, distante 185 km de Icefield Centre. De lá, siga pela Highway 1A até o lago Louise (58 Km) e Sunshine Meadows (22 km)

“A paisagem é impressionante e há muito mais cores do que as pessoas imaginam”, fala a guia e moradora da província de Alberta Tamara Dykshoorn, mostrando Sunshine Meadows, sua área preferida do Banff National Park. A 2.220 metros de altitude, na divisa entre os estados de Alberta e Columbia Britânica, é a mais espetacular faixa das Montanhas Rochosas, com ampla variedade de flores silvestres. “No verão, geralmente há tapetes de flores vermelhas, brancas, amarelas e até algumas azuis”, lembra Tamara. Flores roxas e amarelas se espalham à beira do lago, enquanto águias sobrevoam a região e repentinamente mergulham na mata, para caçar os pequenos esquilos escondidos. Ao redor, picos de montanhas azuladas surgem entre as nuvens, como gigantes curiosos vigiando as redondezas.

Banff, em 1885, tornou-se o primeiro parque nacional do Canadá, e não é difícil entender por quê. Cores que parecem impossíveis de existir atraem muita gente às trilhas que levam aos lagos. O iridescente e verde-esmeralda lago Louise é melhor admirado do alto da desafiadora trilha para o lago Agnes – visto dali, ele reluz como uma luz néon entre as árvores. Já o lago Moraine, a curta distância de carro, é ainda mais impressionante. Tem brilho azul-claro hipnotizante, à sombra de picos que parecem torres construídas por homens de civilizações antigas (as cores surreais dos lagos são resultado do reflexo da luz do sol nos minerais glaciais suspensos na água).

“O outono é minha época favorita para fazer caminhadas aqui”, conta Tamara. “Os turistas vêm para ver a mudança das folhas nas árvores, mas ainda conseguem conhecer a bela flora da região. Sem contar, a oportunidade de avistar animais selvagens.”

MAIS INFORMAÇÕES

• Banff National Park
• White Mountain Adventures

ONDE COMER

O Bison Restaurant, boa casa em Banff, faria bonito numa cidade grande. Suas paredes são repletas de obras de arte e o cardápio atraente oferece excelentes pratos de carne de boi, típicos de Alberta, um criativo salmão sazonal e ainda carne de cervo. Na alta temporada, faça reserva. Prefira as mesas no pátio, no andar de cima, para admirar a vista da montanha (pratos a partir de US$ 22).

ONDE FICAR

Hidden Ridge Resort
Numa localização tranquila, na Tunnel Mountain, na periferia de Banff, o Hidden Ridge Resort oferece apartamentos independentes, com pátio exclusivo, lareira e cozinha. Se precisar de itens de mercearia ou desejar bons restaurantes, há boas opções por perto, numa distância que pode ser percorrida a pé. Embora haja translado gratuito para a cidade, a maioria dos hóspedes prefere passar o tempo na ampla área ao ar livre, com piscina aquecida (diárias a partir de US$ 200).
Mark Read
No Ranchman`s, as selas dos campeões de rodeios são orgulhosamente exibidas na parede
No Ranchman`s, as selas dos campeões de rodeios são orgulhosamente exibidas na parede
CALGARY
A melhor noitada
Partindo de Banff, mantenha-se na Highway 1, sentido leste, até chegar a Calgary. O percurso demora cerca de uma hora e meia

Caubóis com pés ligeiros, usando chapéus Stetson brancos, rodopiam com suas parceiras pelo salão iluminado por uma luz néon. Perto dali, torcedores entusiasmados incentivam um cavaleiro a domar o touro mecânico apenas com um braço e, ao lado do painel de fotos lendárias, o campeão de rodeio Scott Schiffner conversa com os amigos. É sexta-feira à noite no Ranchman’s, o melhor lugar de Calgary para reviver os bons tempos do Velho Oeste. “Esse é o melhor bar do Canadá para caubóis”, diz Scott. Bastante popular no verão, durante o Calgary Stampede, rodeio e festival anual que celebra o Oeste, o Ranchman’s há anos atrai forasteiros curiosos para conhecer verdadeiros caubóis. Logo quando chegam, os visitantes observam timidamente sentados às mesas. Mas, depois de três cervejas, se animam a dançar com os habitués da casa.

A boa novidade em Calgary é a oferta de ótimos restaurantes. “Evoluímos nos últimos anos e os lugares abertos recentemente servem receitas que vão além das carnes”, aponta Jean François Beeroo, um dos donos do novo Char Chut. O restaurante atrai os amantes da carne com iguarias caseiras, costeleta de porco na brasa e frango na grelha. Acrescente a isso um prato secreto que parece agradar tanto aos modernos quanto aos tradicionais caubóis. “Por volta das dez horas da noite, na maioria das sextas-feiras e dos sábados, penduramos uma placa na porta anunciando que serviremos hambúrgueres gourmet”, revela Jean François, contando que são lanches feitos com carne de porco e de carneiro com queijo e ovo. “A informação se espalha rapidamente e nunca sabemos quantos hambúrgueres vamos preparar. Em poucos minutos, há fila para entrar no Char Chut.”

MAIS INFORMAÇÕES

• Site oficial de turismo de Calgary
• Ranchman`s
• Charcut

ONDE COMER

O Ranche Restaurant é outra opção para degustar comida típica da região. Instalado em uma fazenda secular restaurada, com ambiente à luz de velas, tem um menu recheado com filés de alce marinados em cerveja (pratos a partir de US$ 38).

ONDE FICAR

Hotel Arts
O hotel-butique Arts fica perto do centro de Calgary e lembra uma galeria de arte minimalista. Obras de artistas locais, como um grande touro de metal e luminárias de vidro soprado, estão espalhadas pelos salões, os quartos são espaçosos e o bar é o local perfeito para o último drinque, no fim da noite (diárias a partir de US$ 209).
Mark Read
Membros da tribo Siksika, como Keith Yellowfly, trabalham para preservar sua herança cultural
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BLACKFOOT CROSSING HISTORICAL PARK
O melhor da cultura indígena
Uma hora e meia de viagem pela Highway 1 e em seguida pela Highway 842

Uma profusão de penas coloridas roda pelo palco enquanto as batidas cada vez mais aceleradas do tambor levam as pessoas da plateia a mexer a cintura. O ritmo aumenta no grande final até que os dançarinos param subitamente e o silêncio impera. A Men’s Fancy Dance acabou e a multidão reunida no Historical Park explode em aplausos e gritos.

O Blackfoot Crossing Historical Park é um lugar de encontro para membros da comunidade indígena siksika e os visitantes são bem-vindos. Com vista para o vale de um rio, que pouco mudou desde a assinatura, em 1877, do tratado que criou a reserva, o local dispõe de um Centro Interpretativo, no formato de uma cabana indígena. Há ainda um museu que abriga dioramas históricos, trajes típicos requintados e exposições que explicam a bravura da tradicional caça aos búfalos. E a dança.

Muitos dos 6 mil moradores da região – a maioria com nomes sugestivos como Laura Sitting Eagle (Laura “Águia Sentada”) ou Robert Big Tobacco (Robert “Grande Tabaco”) – participam das danças e exibem suas roupas típicas, repletas de penas e contas. A dança da galinha, entretanto, é a mais famosa do povo siksika. “Ela remete à lenda que conta de um jovem que viu um galo se exibindo para atrair as fêmeas”, explica Treffrey Deerfoot, o entusiasmado curador cultural do Centro Interpretativo.

A dança da galinha começa: homens cobertos de penas coloridas mexem-se imitando a dança de acasalamento do galo, para o óbvio deleite da multidão. Esse espetáculo ficou tão popular que campeonatos internacionais de dança da galinha são realizados anualmente, no mês de junho. “Somos ligados ao passado e homenageamos nossos ancestrais por meio das danças. E tentamos trazer os visitantes para esse universo”, fala Treffrey, enquanto observa o vale verdejante que há séculos os siksika chamam de lar.

OUTRAS INFORMAÇÕES

• Blackfoot Crossing Historical Park

ONDE COMER

Na Highway 1, em direção a Calgary, fica o Strathmore Station Restaurant & Pub, decorado com objetos relacionados a locomotivas. A casa serve pratos clássicos, como filés, salmão e quesadillas. No domingo, o brunch com bufê é concorrido (pratos a partir de US$ 13).

ONDE FICAR

Blackfoot Crossing Tipi
A melhor maneira de mergulhar na cultura siksika é passando uma noite na Blackfoot Crossing Tipi, cabana indígena localizada no vale que fica próximo ao Centro Interpretativo. As condições são básicas (saco de dormir e banheiro portátil), mas as fogueiras, o ambiente aquecido com forno e os uivos dos coiotes compensam qualquer falta de luxo (a partir de US$ 38 por pessoa).
Mark Read
Vista do lago Moraine é tão espetacular que decora a nota de 20 dólares canadenses
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MONTANHAS ROCHOSAS: PARA CHEGAR LÁ
Edmonton, em Alberta, é a porta de entrada para a região das Montanhas Rochosas. Por lá, aprecie a bela arquitetura e curta a cena artística emergente.

DICAS BÁSICAS

Como chegar

A Air Canada, a United Airlines, a TAM e a Lan Chile oferecem voos das capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, para Edmonton a partir de US$ 1.500. Uma corrida de táxi para o centro demora 40 minutos e custa US$ 50, em média. Os ônibus da Sky Shuttle (US$ 18) também fazem esse trajeto.

Circulando

Edmonton, além da linha de bondes Light Rail Transit, tem um bom sistema de ônibus. Se preferir alugar um carro, a Avis e a Driving Force são opções acessíveis. Informe-se sobre as condições das estradas em AMA.

Leitura complementar

Os guias Canada e Banff, Jasper & Glacier National Parks, ambos da Lonely Planet, têm boas informações sobre a região. Acesse também Travel Alberta.

TRÊS MANEIRAS DE CONHECER EDMONTON

Com economia

VER

O grandioso edifício do parlamento local, Alberta Legislature, é um marco secular. Passeie por jardins bem cuidados, com estátuas e totens (grátis).

DORMIR

No Hotel Selkirk, dos anos 1920, objetos antigos e cabeças de alces decoram as suntuosas suítes (diárias a partir de US$ 125).

COMER

O Fat Franks, em Old Strathcona, tem deliciosos cachorros-quentes – ideais para driblar a fome repentina (US$ 5).

BEBER

O Three Bananas Café é um lugar pequeno e convidativo, próximo às galerias de arte. Decorado com artes inspiradas na banana, oferece internet sem fio grátis, bons sanduíches e pizzas (café a partir de US$ 2,50).

Com conforto

VER

O Alberta Railway Museum reproduz um terminal ferroviário, com estação e galpões de trem, e apresenta 50 locomotivas, datadas a partir dos anos 1870 (US$ 5; aberto nos fins de semana de maio a setembro).

DORMIR

O Meterra Hotel on Whyte é um hotel-butique que une design e serviço excelente. Localizado na principal área de vida noturna de Edmonton, é especial para quem não dispensa o agito (diárias a partir de US$ 160).

COMER

O Blue Plate Diner é um aconchegante restaurante. No cardápio, uma fusão de influências da culinária mexicana, indiana e local (pratos a partir de US$ 15).

BEBER

Favorito de muitos moradores, o Black Dog Freehouse é movimentado nos fins de semana, mas durante a semana tem um clima de bar da vizinhança (cerveja a partir de US$ 6).

Com luxo

VER
A nova Art Gallery of Alberta, instalada em um edifício de vidro e aço, é uma obra de arte. Aprecie as mostras de criações canadenses históricas e modernas (US$ 13).

DORMIR

Construído em 1915, o Fairmont Hotel Macdonald é um luxuoso hotel. Tem pé direito alto, cortinas pesadas e camas confortáveis (diárias a partir de US$ 295).

COMER

Vá ao Harvest Room, no Fairmont Hotel Macdonald, e experimente as receitas de peixes do Ártico ou o caprichado filé mignon Alberta (pratos a partir de US$ 30).

BEBER

No Devlin`s Cocktail Lounge, acomode-se em um sofá de couro, deguste os saborosos petiscos e entregue-se à lista de martinis criativos (drinques a partir de US$ 8).
Mark Read
Na viagem de trem por Banff, as Montanhas Rochosas dominam a paisagem e o Lago Bow fascina o olhar
Na viagem de trem por Banff, as Montanhas Rochosas dominam a paisagem e o Lago Bow fascina o olhar
MAIS TRÊS EXPERIÊNCIAS NO CANADÁ
ILHA DE VANCOUVER

Por que ir?
A capital da Columbia Britânica, Victoria, na llha de Vancouver, tem restaurantes maravilhosos, sem contar a boa oferta de excursões para observar baleias. Do outro lado da ilha fica Tofino, salpicada de praias cercadas por florestas e hotéis luxuosos.

Hospede-se
O Oswego Hotel, hotel-butique de Victoria, fica a poucos passos do central Inner Harbour (diárias a partir de US$ 210). Já o Wickaninnish Inn, em Tofino, é um dos refúgios sofisticados mais populares do Canadá (diárias a partir de US$ 320).

Como chegar
A Westjet oferece voos para Victoria saindo de Edmonton (a partir de US$ 330, ida e volta) ou de Calgary (a partir de US$ 300, ida e volta). Alugue um carro em Victoria para ir a Tofino – o percurso demora cerca de cinco horas.

MONTREAL

Por que ir?
A cidade mais sofisticada do Canadá, Montreal tem clima europeu e certa alegria contagiante que alimenta dezenas de excelentes festivais, como o mundialmente conhecido festival de jazz. Alguns dos melhores restaurantes do país mantêm essa animação, enquanto a charmosa Cidade Velha oferece um ritmo mais relaxado.

Hospede-se
Com uma localização central, na esquina da Sherbrooke com a St. Laurent, o Montréal’s Opus Hotel tem quartos estilosos, decorados com cores ousadas, e um excelente restaurante asiático (diárias a partir de US$ 210).

Como chegar
Voe diretamente para Montreal pela Westjet, partindo de Edmonton (a partir de US$ 501, ida e volta) ou de Calgary (a partir de US$ 501, ida e volta).

ROCKY MOUNTAINEER

Por que ir?
As luxuosas viagens de trem pelo Canadá são famosas. Partindo de Jasper ou de Banff, com destino a Vancouver, passam lentamente por espetaculares montanhas, lagos e florestas. O serviço é exemplar e a comida é sofisticada – principalmente se optar pela classe especial Gold Leaf.

Hospede-se
As duas rotas demoram dois dias e custam a partir de US$ 820, incluindo refeições e escala de uma noite em um hotel da cidade de Kamloops. Para embarcar na rota de Banff em Calgary, paga-se mais US$ 117.

Como chegar
Parta de carro de Edmonton ou Calgary e embarque num dos trens em Jasper ou Banff. Como alternativa, é possível usar o serviço de Banff um pouco antes, em Calgary.