Essa discussão apareceu esses dias no trabalho. Será que dá pra ir pros EUA de carro?
A primeira questão lógica foi de comum acordo: tem terra de cá até lá, então dá!
Mas sabemos que não é bem assim. Pra atravessar do Amazonas pra Colômbia, por exemplo, tem estrada? Ou é melhor ir por fora do Brasil, fazendo uma rota a la Chê? Bom, ele conseguiu chegar na Venezuela. Apesar de que ficou sem a moto no meio do caminho e aí não precisava ficar mostrando a carteira de habilitação internacional e os documentos do veículo em cada aduana que passava. E a última aduana, a dos EUA? Eles vão permitir um carro com placa do Brasil ficar circulando no país? Tem que avisar alguma autoridade, emplacar o carro lá ou tirar algum documento específico? Porque depois de atravessar a fronteira, o caminho até Nova York ainda é longe e ficar sendo parado pela polícia rodoviária toda hora não deve ser muito bacana. As chances de acontecer besteira são muito grandes, deve ter muita burocracia no meio disso tudo. Mas pensando bem, e daí?
Ao mesmo tempo que tem muita chance de não dar certo, é impossível dar errado. Até chegar na fronteira dos Estados Unidos pra não te deixarem entrar, já vai ter sido percorrida uma rota e tanto. E muito provavelmente uma rota que ainda não existe, porque as paradas no meio do caminho são possibilidades quase infinitas.
O trecho mais temido parece ser mesmo a travessia da Colômbia pro Panamá, por causa das rotas do tráfico que existem por ali. De fato, a fronteira é curta – não chega nem a 200km -, o que significa que é bom mesmo saber o ponto certo de atravessá-la. O Canal do Panamá, outro trecho que é colocado em questão, não deve ser assim tão difícil. Muito pelo contrário, tem até opções para atravessá-lo: estrada e balsa. Mas e a grana? Imagina o que vai de gasolina, alimentação e às vezes, hospedagem – pra quando dormir no banco reclinado não estiver mais dando certo. E isso é só o previsível, porque nada garante que o carro não vai dar nenhum piti até lá.
Será que dá?