Grande Tartária: O Império Perdido e a Teoria da Conspiração
A ideia da Grande Tartária é cercada de mistério e alimentada por teorias da conspiração que surgiram com força nos últimos anos, especialmente com o crescimento das redes sociais. Embora não haja evidências concretas de que um império vasto com o nome de Tartária tenha realmente existido, defensores dessa teoria sugerem que ela foi um dos maiores impérios da história do mundo, rivalizando até mesmo com o Império Romano.
Origem da Tartária
Historicamente, o termo “Tartária” foi utilizado por exploradores europeus para se referir a uma vasta área da Ásia, que incluía partes da Sibéria, Mongólia, o norte da China e até a Europa Oriental. No entanto, não se tratava de um império consolidado, mas sim de uma região habitada por diversos povos, muitos deles nômades, como os tártaros, mongóis e turcos.
A palavra “tártaro” tem origem no grego e no latim, e era usada para descrever povos que os europeus consideravam bárbaros. Assim, Tartária acabou sendo um termo genérico aplicado a uma área cuja geografia e população eram pouco conhecidas na época.
A Conspiração do Apagamento da Tartária
A teoria moderna sobre a Grande Tartária sugere que, em algum momento da história, existiu um império avançado e próspero, que foi sistematicamente destruído e apagado dos registros históricos. Defensores dessa teoria acreditam que esse império teria sido extinto por uma série de catástrofes, incluindo uma gigantesca avalanche de lama, que teria devastado cidades inteiras.
Além disso, especula-se que potências ocidentais, incluindo a Rússia, a França e os Estados Unidos, teriam conspirado para apagar qualquer vestígio da Tartária. Segundo os teóricos, Napoleão Bonaparte, ao invadir a Rússia em 1812, teria como real objetivo destruir os últimos remanescentes do império tártaro e não apenas combater o czar russo.
Evidências Supostamente Apagadas
Uma das crenças centrais dessa teoria é a alegação de que a infraestrutura e a arquitetura da Tartária foram deliberadamente destruídas ou reformuladas ao longo do tempo. As guerras mundiais, por exemplo, teriam sido utilizadas como desculpa para destruir edifícios e monumentos que poderiam revelar a existência desse império ocultado.
Para os teóricos, algumas das estruturas mais famosas do mundo, como o Taj Mahal, a Catedral de Notre-Dame, a Muralha da China e até mesmo o Capitólio dos Estados Unidos, seriam construções originalmente tártaras, com modificações feitas por potências modernas para ocultar sua verdadeira origem.
A Teoria dos Gigantes da Tartária
Outro elemento intrigante dessa conspiração é a ideia de que a Tartária era habitada por humanos gigantes. Imagens e relatos antigos são frequentemente usados para sugerir que as pessoas da Tartária tinham estaturas muito maiores que o normal, o que, segundo os teóricos, explicaria o tamanho de algumas das construções atribuídas a esse povo. A teoria dos “gigantes da Tartária” se popularizou principalmente por meio de fóruns da internet e vídeos nas redes sociais, nos quais fotos antigas e esboços são reinterpretados para corroborar essas alegações.
No entanto, historiadores e arqueólogos tradicionais desconsideram essas teorias, apontando que não há evidências científicas de uma civilização de gigantes ou de um império chamado Tartária que tivesse sido deliberadamente apagado da história.
O Contra-Argumento dos Historiadores
Os estudiosos refutam veementemente a existência de um império oculto conhecido como Grande Tartária. Eles explicam que o termo “Tartária” foi amplamente utilizado de forma imprecisa por exploradores e cartógrafos europeus entre os séculos XV e XVIII para descrever regiões da Ásia Central e do Norte, muitas vezes sem conhecerem as realidades políticas e culturais dessas áreas.
Com o passar do tempo e o avanço do conhecimento geográfico, o termo caiu em desuso, sendo substituído por nomes mais precisos para as regiões e povos que habitavam essas áreas. Além disso, não há registros arqueológicos ou documentos históricos que corroborem a ideia de um império global com as características descritas pelos teóricos da conspiração.
Um Interesse Renovado nas Teorias da Tartária
Embora a teoria da Tartária tenha permanecido relativamente obscura por séculos, o advento da internet e das redes sociais trouxe novas vidas a essas especulações. A partir de 2015, vídeos no YouTube, grupos de discussão no Facebook e fóruns de teorias da conspiração começaram a circular intensamente ideias sobre a Grande Tartária, conectando-a a uma ampla gama de tópicos, desde engenharia antiga até a manipulação de mapas históricos.
Para os adeptos da teoria, a falta de evidências é vista como prova de que houve um encobrimento. Eles sugerem que as potências mundiais, com a ajuda de falsificações históricas, reformularam edifícios e apagaram registros para ocultar a verdadeira extensão do império tártaro.
Reflexão sobre a Teoria
A teoria da Grande Tartária pode ser compreendida como parte de um fenômeno maior de desconfiança em relação à história oficial e às instituições que a escrevem. Ela reflete um desejo de questionar as narrativas aceitas e de imaginar um passado diferente, muitas vezes movido pela crença de que a verdade foi deliberadamente ocultada.
Apesar de intrigante, essa teoria permanece no campo da especulação, sem bases sólidas em fatos comprovados. O interesse crescente por essas narrativas, no entanto, mostra como o fascínio por mistérios históricos e teorias da conspiração continua a crescer no cenário digital.
Conclusão
A Grande Tartária e suas supostas ruínas oferecem uma visão alternativa da história, que desafia os relatos convencionais e levanta questões sobre como conhecemos o passado. Entretanto, até que novas evidências concretas sejam descobertas, a ideia de um império tártaro global permanece como uma intrigante teoria da conspiração, mais enraizada na imaginação do que na realidade histórica.