7 curiosidades sobre o peixe-bolha, o animal mais feio do mundo

O peixe-bolha (Psychrolutes marcidus) é uma criatura única que habita as profundezas abissais dos oceanos ao redor da Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia. Apesar de sua fama como “o animal mais feio do mundo”, há muito mais nesse fascinante peixe do que apenas sua aparência peculiar fora d’água. Aqui estão sete curiosidades que mostram por que o peixe-bolha é tão especial.


1. Ele não tem esqueleto

Vivendo entre 600 e 1.200 metros de profundidade, o peixe-bolha precisa suportar pressões até 120 vezes maiores do que as da superfície. Para sobreviver a essas condições extremas, seu corpo é feito de uma massa gelatinosa, com ossos extremamente finos e macios, o que impede a formação de um esqueleto sólido.

Essa adaptação única permite que o peixe-bolha mantenha sua estrutura corporal sem ser esmagado pela pressão do fundo do mar.


2. As fêmeas limpam constantemente os ovos

As fêmeas do peixe-bolha são conhecidas pelo cuidado excepcional com seus ovos. Elas permanecem próximas do ninho durante todo o período de desenvolvimento, limpando os ovos com frequência e removendo até mesmo pequenos grãos de areia que possam cobri-los.

Esse comportamento protetor é raro entre peixes e destaca a dedicação dessas mães no ambiente inóspito onde vivem.


3. Foi eleito o animal mais feio do mundo

Em 2013, a Ugly Animal Preservation Society realizou uma votação pública para escolher seu mascote. O peixe-bolha conquistou o título de “animal mais feio do mundo”, superando concorrentes como o macaco-narigudo e o sapo-escroto aquático.

Fora d’água, sua aparência gelatinosa e “mal-humorada” certamente contribuiu para o título. No entanto, sua feiura ajudou a chamar a atenção para a importância de preservar espécies pouco conhecidas.


4. No fundo do mar, ele parece um peixe normal

Enquanto fora da água o peixe-bolha se assemelha a um “alienígena derretido”, no fundo do mar ele tem uma aparência mais comum.

A alta pressão das profundezas comprime sua massa gelatinosa, dando ao seu corpo uma forma mais estruturada, semelhante à de um peixe ósseo típico. Fora de seu habitat natural, a falta de pressão faz com que ele perca essa forma, resultando em sua aparência peculiar.


5. Nunca foi estudado com vida

Os estudos sobre o peixe-bolha são limitados porque ele não sobrevive fora do fundo do mar. Retirá-lo de seu habitat é fatal, devido à mudança drástica de pressão.

Como também é difícil descer a mais de 600 metros para observá-lo em seu ambiente natural, a maior parte das informações sobre a espécie vem de análises de espécimes mortos ou fotografias.


6. Foi descoberto recentemente

O peixe-bolha foi registrado pela primeira vez em 1983, mas só foi devidamente catalogado em 2003 durante uma expedição na região de Norfolk Ridge, próxima à Nova Zelândia.

Os cientistas que encontraram o peixe o apelidaram de “Sr. Bolinha”, devido à sua aparência incomum. Hoje, ele pode ser visto na Coleção de Ictiologia do Museu Australiano.


7. Não tem dentes nem bexiga natatória

O corpo gelatinoso do peixe-bolha é ideal para economizar energia. Ele não possui bexiga natatória, que é comum em peixes para ajudar na flutuação, nem dentes, o que reflete seu estilo de vida passivo.

Em vez de caçar, o peixe-bolha flutua no fundo do mar, movendo-se com as correntes, enquanto espera encontrar alimentos como caranguejos e lagostas, que compõem sua dieta.


Por que o peixe-bolha é tão fascinante?

Embora famoso por sua aparência “feia”, o peixe-bolha é um exemplo incrível de adaptação extrema. Ele sobrevive em condições que seriam impossíveis para a maioria das formas de vida, destacando as incríveis diversidades de estratégias evolutivas encontradas no fundo do mar.

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