Seguimos viagem – agora sem a companhia do Vinícius, que voltou a Santiago.
Pegamos o ônibus terça-feira de manhã e de Pucon para Valdivia a única opção de viagem direta é a JAC bus. Nos escritórios da Tur Bus você também consegue comprar passagem para as viagens da JAC Bus – o que facilita. É uma outra opção de ônibus no Chile e não tivemos nenhum problema com a companhia então, principalmente se não for uma viagem muito longa, também vale a tentativa.
De Pucon para Valdivia são 3 horas de viagem, bem tranquilo.
Chegando em Valdivia fomos fisgados por duas vendedoras de Hostel na rodoviária. Como não tinhamos lugar para ficar e não queríamos ficar muito tempo procurando hostel, acabamos caindo na conversa das vendedoras que chegaram no preço que a gente estava disposto a pagar.
Porém junto com uns Pesos a mais também se foi a calefação (aquecimento) no quarto. Como em Pucon tínhamos ficado com calefação só na sala e tínhamos nos virado bem, achamos que não era essencial ter. Além do mais, ficaríamos só duas noites e por um preço baixo.
Ao chegar no hostel, Donde Marcelo, a dona começou a nos irritar um pouco. Não sei ao certo porque, mas ela era bem chatinha. O que quase nos fez mudar de ideia. Acho que a política do lugar de não mostrar os quartos antes de você garantir que vai ficar ,foi uma das coisas que mais nos irritou.
Depois de um pouco de blablabla, acabamos ficando por alí mesmo. A casa do Hostel é bem bonita e confortável mesmo para nós que ficamos com um dos piores quartos do lugar.
O que realmente nos fez sofrer, e até se arrepender um pouco, foi a falta de aquecimento. O frio durante a noite era muito, e apesar de ficar quentinho debaixo das cobertas, o ar frio nos fez acordar os dois dias com a garganta reclamando. Mas sobrevivemos…
Valdivia é uma cidade costeira que se caracteriza pelo Mercado Municipal e sua feira de mariscos à beira do rio. Ótima opção para comer frutos do mar bem fresquinhos, tem restaurantes muito bons. O Rey do Marisco foi nossa melhor escolha. Aconselhados por nossa host family chilena que já havia nos dado umas dicas boas do que comer, nossa opção de entrada já estava definida: Machas a la parmesana!
Sensacional! Eu não sou um grande fã de mariscos, mas as Machas a la parmesana foi o melhor prato de frutos de mar que já experimentei. Aconselho muito!!!
A feira na beira do rio é um espetáculo à parte. Tirando as milhares de coisas do mar que eu não tenho ideia do que seja, tem também os lobos marinhos que sempre ficam por alí a espera de uma sobrinha. Além de muitos passáros e pelicanos.
O mercado municipal também é uma boa opção para comprar roupas com tecido de alpaca/lhama e artesanatos.
(Vista do interior do Mercado Central de Valdivia)
Saindo de Valdivia a mais ou menos uma meia hora está Niebla. Você pode pegar o ônibus de número 20 na costaneira que te leva direto para lá.
Ônibus ou melhor micro ônibus, que se você tiver sorte consegue pegar um bem caindo aos pedaços, porém cheio de vida e único, como o que pegamos.
Niebla é uma cidadezinha pitoresca à beira do rio, há um Forte e … um Forte.
Ao lado da estrada que te leva até lá, há um cais de onde saem barcos para Corral, outro povoado bem pequeno do outro lado do rio.
Em Corral não há também muitas opções de passeios , o pequeno povoado e o caminho até lá é o passeio em sí. A opção mais turística é o forte de Corral.
Pela noite se você tiver afim de perder, ou quem sabe com sorte, ganhar um pouco de dinheiro tem o Casino de Valdivia o Dreams.
Como só perdemos, depois da ilusão de achar que ganhávamos, não ficamos muito tempo. O Casino não é muito grande, mas tem todas aquelas pirotecnias de casinos…
O passeio mais legal que fizemos foi saindo do cais da cidade ao lado do mercado municipal, o passeio de barco sai por volta das 4 da tarde, e te leva por um city tour pela água.
A próxima parada do passeio é uma antiga fazenda alemã que foi destruída pelo terromoto de 1960.
A antiga fazenda leiteira tem um passado interessante, e nos põem a pensar primeiro sobre o abandono e destruição e depois sobre isolamento buscado pelos alemães praticamente se escondendo pelas entranhas do rio.
Nessa mesma propriedade abandonada é oferecida a famosa “Once” chilena – o lanchinho da tarde. Construíram um galpão para abrigar os turistas que chegam para conhecer essa paisagem inusitada.
Depois, já ao anoitecer, o barco faz a última parada, no local da igreja mais antiga de Valdivia. O passeio pelo local à noite é bem interessante e, apesar do frio, valeu a visita.