INVETORA DA FRALDA DESCARTÁVEL

A História da Fralda Descartável

Quando: 1961

Onde: Reino Unido

Por que: Uma ideia de pura conveniência, da qual milhões de pais no mundo optam por não abrir mão.

QUEM INVENTOU A FRAUDA DESCARTÁVEL
QUEM INVENTOU A FRAUDA DESCARTÁVEL

Como: Um engenheiro químico da Procter & Gamble se apropriou de um projeto não patenteado e o transformou numa das indústrias mais bem-sucedidas do mundo.

Quem: Vic Mills

Fato: Aproximadamente 8 milhões de fraldas descartáveis são usadas no Reino Unido todos os dias.

Não há dúvida de que existem inovações mais glamourosas do que a fralda descartável, mas poucas podem ter tido mais impacto na rotina doméstica. De uma só vez, a fralda descartável resolveu o antigo problema de como manter as crianças limpas sem a necessidade de lavar e trocar suas roupas constantemente — um fardo para a humanidade desde o início dos tempos.

Como muitas grandes ideias, a fralda descartável foi motivo de risos quando entrou em cena. Porém, um gerente perspicaz da Procter & Gamble enxergou seus benefícios e a usou como base de uma das ideias de negócios mais duradouras e comercialmente bem-sucedidas do século XX.

A fralda descartável não está livre de detratores — grupos ambientalistas alegam que são necessárias pelo menos 4 árvores e meia para manter um único bebê com fraldas descartáveis antes de ele estar treinado a usar o vaso sanitário, enquanto críticos também observam que o contribuinte britânico paga 40 milhões de libras esterlinas por ano para descartar todas as fraldas usadas no país. Porém, pesquisas também mostram que devido ao nível de energia necessário para lavar fraldas de pano, o equivalente de CO2 é na verdade mais alto para elas do que para as descartáveis. Além disso, como as fraldas de pano são menos absorventes e têm uma probabilidade maior de causar desconforto e assaduras, de acordo com pesquisas científicas, elas têm que ser trocadas com maior frequência. Mesmo alguns usuários engajados trocam-nas pelas descartáveis à noite.

Poucos podem negar que a fralda descartável tornou a vida das novas mamães mais cômoda, com menos perda de tempo e bem mais higiênica do que antes.

Os antecedentes

Pais usam roupas protetoras em seus filhos ainda não treinados para ir ao banheiro desde tempos imemoriais — mas não era algo bonito de se ver. Nossos ancestrais usavam de tudo para enfaixar seus bebês, de folhas a peles de animais — a palavra diaper (fralda em inglês) deriva de um material usado em roupas infantis na Idade Média. As mães americanas e europeias utilizavam uma frauda prendida por alfinete e reutilizaveis, lavaveis, feitas com panos, chamada de terry nappy.

A segunda guerra mundial elevou a tecnologia de fraldas descartáveis, assim que Marion Donovan, uma americana donda de casa, invetou a “Boater”, isso era uma fralda presa com botões ou velcro. A venda dessa fralda começou em 1949, a responsável pela venda das fraldas era a empresa Saks Fifth Avenue.

Mas Donovan teve menos sucesso ao tentar convencer varejistas a comprar sua outra grande ideia: uma fralda descartável. Nenhuma das grandes empresas de Nova York enxergou o valor, ou a viabilidade, de uma fralda descartável, então Donovan decidiu se concentrar em sua versão impermeável — terminando por vender a patente à Keko, especializada em roupas infantis, em 1961.

Porém, desde o fim dos anos 1950, outro visionário já estava trabalhando para levar adiante a ideia da fralda descartável. Em 1957, Vic Mills, um lendário engenheiro químico da Procter & Gamble — que já transformara o processo de produção do sabonete Ivory e abrira caminho para as batatas Pringles — recebeu a tarefa de criar uma nova linha de produtos para um negócio de papéis adquirido pouco tempo antes pela empresa em Green Bay, Wisconsin. Valendo-se de sua própria experiência de avô, Mills resolveu aprimorar e adaptar o sonho descartável de Donovan.

Usando uma boneca em cuja boca se derramava água, para ser secretada na outra extremidade, Mills, e sua equipe começaram a trabalhar. Pondo a boneca para funcionar continuamente, os pesquisadores testaram diversos materiais para criar a fralda descartável perfeita. Em 1961, eles tinham um design: uma fralda retangular, simples, feita de raiom, papel absorvente e plástico, e mantida presa por alfinetes. Tudo isso precisava de um nome. Então, Alfred Goldman, diretor de criação da agência de propaganda Benton and Bowles, pensou em “Pampers”, nome que foi rapidamente adotado.

A Procter & Gamble introduziu a Pampers, a primeira fralda descartável com preço acessivel bem-sucedida.

Impacto comercial

A procura pelas novas fraldas descartáveis aumentou continuamente, enquanto as pessoas se habituavam aos benefícios que elas ofereciam. Logo, concorrentes começaram a entrar no mercado, em especial a Huggies, colocada no mercado pela Kimberly-Clark, uma importante empresa de bens de consumo.

O impacto comercial foi visível — as fraldas descartáveis logo se tornaram a maior marca da Procter & Gamble, com um crescimento de venda anual que chegava a 25%. Em pouco tempo, a indústria estava valendo 3 bilhões de dólares por ano.

O crescimento da empresa era tão grande quanto o mercado de fraldas descartáveis, crescimento exponencial

A Procter & Gamble agora tinha que enfrentar a Kimberly-Clark, a Johnson & Johnson e algumas outras empresas para manter sua participação no mercado. Enquanto isso, nos bastidores, o primeiro design de fralda descartável estava sendo modificado para a criação de um produto mais leve, simples e de fácil utilização.

Entre as inovações cruciais que se seguiram estava a introdução de um “terceiro tamanho” da Pampers, em 1969. Um ano depois, a fita para prender a fralda foi acrescentada ao design. Depois, nos anos 1980, foram desenvolvidos polímeros superabsorventes, que reduziram em aproximadamente 50% o peso da fralda.

Em ritmo escalonável o mercado de fraldas descartáveis crescia em ritmo acelerado. Em 2008, a Global Industry Analysts estimou que a venda de fraldas descartáveis no mundo chegaria a 26,6 bilhões de dólares em 2012 — e a 29 bilhões de dólares em 2015, com um crescimento maior sendo estimulado pelo rápido crescimento populacional na região da Ásia e do Pacífico.

A Grã-Bretanha continua sendo um consumidor importante de fraldas descartáveis, e no ano passado estimou-se que a participação da Pampers no mercado britânico era de 480 milhões de libras. Em 2004, a Pampers se tornou a primeira marca da Procter & Gamble a atingir um movimento de vendas superior a 5 bilhões de dólares, e em 2010, foi identificada como a marca de maior confiança no Reino Unido, numa pesquisa produzida pela Milward Brown e pela Futures Company.

O que aconteceu em seguida?

A invenção da Pampers foi a última grande conquista na lendária carreira criativa de Vic Mills, que acabou se acomodando numa aposentadoria no Arizona, onde viveu até os 100 anos. Quanto a Marion Donovan, ela voltou para a universidade e se formou em arquitetura em Vail, Colorado, no ano de 1958. Continuou trabalhando e obteve mais de uma dúzia de patentes.

Olhando para frente, a posição das fraldas descartáveis no mercado parece firme. Porém, à medida que questões éticas se tornam um tema de discussão mais amplo, as fraldas descartáveis enfrentam uma disputa com alguns concorrentes mais favoráveis ao planeta. As fraldas de pano reutilizáveis, que podem ser lavadas depois de utilizadas, voltaram a ser uma preferência.

Além disso, muitas regiões oferecem serviços de lavanderia de fraldas, que toda semana apanham as fraldas de pano para lavá-las e as substituem por outras, limpas. Este serviço pode ser oferecido hoje pelo mesmo preço de um suprimento semanal de fraldas descartáveis. Entretanto, para a maioria dos pais, a conveniência das fraldas descartáveis continua sendo uma prioridade. Portanto, as fraldas biodegradáveis parecem ser a inovação melhor posicionada para conduzir as fraldas descartáveis pelo século XXI.

Quem Inventou a Frauda Descartável

No final dos anos 40, uma mulher chamada Marion Donovan mudou a vida das mulheres mais de bebês. Ela criou um novo tipo de fralda, uma capa de Plástico Tipo envelope com uma inserção absorvente. Sua invenção, patenteada em 1951, rendeu-lhe um milhão de dólares (quase 10 milhões de dólares em dinheiro de hoje) e abriu o caminho para o desenvolvimento da fralda descartável como a conhecemos hoje. Donovan viria a tornar-se uma das inventoras mais prolíficas do seu tempo.

Donovan nasceu Marion O’Brien em South Bend, Indiana, em 1917. Sua mãe morreu quando ela era jovem, e seu pai, um engenheiro e inventor ele mesmo, encorajou sua mente inovadora—ela criou um novo tipo de pó de limpeza de dentes enquanto ainda na escola primária. Depois de se formar na faculdade, ela foi trabalhar como editora em revistas femininas em Nova York, antes de se casar e se instalar em Connecticut.

Foi lá, quando uma jovem mãe estava farta de mudar lençóis molhados, Que O Donovan teve o seu momento de relâmpago. Na sua opinião, as fraldas de pano “serviam mais como um pavio do que uma esponja”, enquanto as calças de borracha causavam erupções cutâneas dolorosas. Então ela decidiu fazer algo melhor. Ela puxou a cortina do chuveiro, cortou-a em pedaços, e costurou-a numa tampa de Fraldas À Prova de água com tampas em vez de alfinetes de segurança. Isso levou a uma capa de fralda feita de pano respirável de pára-quedas, que tinha uma inserção para um painel absorvente de fralda. O Donovan chamou-lhe o “barco”.”

“Eu fui a todos os grandes nomes que você pode pensar, e eles disseram’ Nós não queremos isso. Nenhuma mulher nos pediu isso. Estão muito felizes e compram as nossas calças de bebé. Então, comecei a fabricar-me.”

Em 1949, ela começou a vender o barco na Saks Fifth Avenue,onde foi um sucesso instantâneo. Dois anos depois, ela vendeu sua empresa e suas patentes para a Keko Corporation por um milhão de dólares. Donovan pensou em desenvolver uma fralda usando papel absorvente, mas os executivos da época alegadamente não estavam interessados. As fraldas, a primeira fralda descartável produzida em massa, só chegariam ao mercado em 1961.

O barco não foi o fim das invenções do Donovan. Ela ganhou um total de 20 patentes, por coisas de um fio puxado por fechar um vestido com um fecho de costas para um livro de cheques e registros combinados para um novo tipo de dispositivo de fio dental.

Após a morte de Donovan em 1998, seus filhos doaram seus papéis para o centro de arquivos do Museu Nacional de história americana do Smithsonian; a aquisição foi parte do centro Lemelson para o estudo da invenção e inovação do Programa de documentação de inventores modernos. As 17 caixas de artefatos contêm notas, desenhos, patentes, pedidos de clientes, anúncios, artigos de jornal, um álbum de recortes, papéis pessoais e fotografias. A coleção é usada frequentemente por estudiosos, principalmente pessoas que estudam a história das mulheres ou a história da tecnologia, diz a arquivista do centro Lemelson Alison Oswald.

“Sua coleção é bastante abrangente para uma mulher inventora deste período de tempo”, diz Oswald, que adquiriu a coleção para os arquivos. “Observa-se a grande sorte que tivemos com o registros de inveções bastante fragmentados.”

A filha de Donovan, Christine, lembra-se de crescer numa casa que dobrou como um laboratório de I&D.

“A mãe estava sempre a desenhar ou a trabalhar com materiais-fio, plástico, nylon ou papel”, diz ela. “Ela tinha um escritório por cima da garagem, mas, francamente, em todo o lado estava a sua prancha de desenho. A cozinha era muitas vezes onde a mãe estava, e alguma coisa estava sempre a cozinhar, mas não ferros de aquecimento de comida e vedantes e assim por diante.”

Christine e seu irmão e irmã muitas vezes ajudavam sua mãe com suas invenções. “Lembro-me de trabalhar com ela para colocar as fotos na capa da fralda de nylon do barco”, diz ela.

Donovan também se formou em arquitetura em Yale em 1958, uma das três únicas mulheres em sua turma de graduação. Mais tarde, ela projetaria sua própria casa em Connecticut.

Por mais notável que Donovan fosse, para os seus filhos, uma vida de linhas de montagem e solventes a borbulhar no stovetop era perfeitamente normal. Como a Christine diz, ” a mãe era a mãe, e não sabíamos mais nada.”

Neste dia da Mãe vou pensar na minha própria mãe, que mudou milhares de fraldas enquanto criava três filhos e ainda dá uma mão feliz aos netos. Mas tenho um lugar quente no meu coração para Marion Donovan, cuja mente curiosa e inventiva facilitou a vida a milhões de pais.

INVENTORA DA FRAUDA DESCARTÁVEL
INVENTORA DA FRAUDA DESCARTÁVEL
QUEM CRIOU A FRAUDA DESCARTÁVEL
QUEM CRIOU A FRAUDA DESCARTÁVEL

 

PATENTE DA INVENÇÃO FRAUDA DESCARTÁVEL
PATENTE DA INVENÇÃO FRAUDA DESCARTÁVEL

Quem é Marion Donovan Inventora das Fraldas Descartáveis

Marion Donovan
Inventor de Fraldas Descartáveis
Marion Donovan
Nascido em Fort Wayne, Indiana, em 1917, Marion Donovan foi instilado com um espírito inventivo em uma idade jovem. Ela passou a maior parte de sua infância em torno da fábrica dirigida por seu pai e tio, dois homens que combinaram para inventar, entre outras coisas, um torno industrial para moer engrenagens de Automóveis e barris de armas.

Anos mais tarde, como dona de casa após a Segunda Guerra Mundial e mãe de dois filhos em Connecticut, Donovan faria bom uso da ingenuidade que ela tinha observado em sua juventude. Frustrada pela ingrata e repetitiva tarefa de mudar as fraldas sujas de pano de seu filho mais novo, lençóis e roupas, ela decidiu criar uma capa de fralda para manter seu bebê – e a área circundante – seco. Donovan sentou-se em sua máquina de costura com uma cortina de chuveiro e, após várias tentativas, ela completou uma tampa de fralda à prova de água.

Ao contrário das calças de borracha de bebê que já estavam no mercado, o projeto de Donovan não causou erupção de fralda e não beliscou a pele da criança. A célebre inventora feminina aperfeiçoou posteriormente a sua invenção, adicionando fechos snap no lugar dos pinos de segurança perigosos que eram comumente usados. Donovan nomeou sua capa de fraldas de ” Boater “e explicou que” na época eu pensei que parecia um barco.”

Quando nenhum fabricante sequer consideraria sua invenção, Donovan eliminou por conta própria, e o barco foi um sucesso inqualificável a partir do dia em que estreou na Saks Fifth Avenue em 1949. Donovan recebeu uma patente em 1951 e prontamente vendeu os direitos à Keko Corporation.

Seu próximo projeto foi uma fralda totalmente descartável, para o qual ela teve que fashion um tipo especial de papel que não era apenas forte e absorvente, mas também transportava água para longe da pele do bebê. Donovan levou o produto final para todos os grandes fabricantes do país, mas mais uma vez ela não encontrou compradores. Incredulamente, todos com quem ela falou lhe disseram que a ideia era supérflua e impraticável. Não foi até quase uma década depois, em 1961, que Victor Mills baseou-se na visão de Donovan para criar Pampers®.

De acordo com sua herança inovadora, esta “mãe da invenção” explorou inúmeros empreendimentos que não estavam completamente relacionados com suas melhorias de fraldas. Ela ganhou um total de 20 patentes em sua vida e também recebeu um diploma de arquitetura da Universidade de Yale em 1958. Embora a vida extraordinária de Donovan possa passar em grande parte despercebida pelo público, esta famosa inventora merece a eterna gratidão de novos pais em todo o mundo.