Biografias Médici
Nome: Emílio Garrastazu Médici
Local e ano do nascimento: Bagé – RS, 1905
Local e ano do falecimento: Rio de Janeiro – RJ, 1985
Filho do comerciante e fazendeiro Emílio Médici e Júlia Garrastazu Médici, estudou no Colégio Militar de Porto Alegre e na Escola Militar do Realengo. Aos 25 anos, Médici participou da Revolução de 30 como tenente do XII Regimento de Cavalaria em Bagé. Alcançou o posto de general-de-brigada em 1961.
Em 1964, participou do golpe militar que depôs João Goulart. Na época era o comandante da Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN) e bloqueou as tropas de apoio ao presidente na rodovia Rio-São Paulo.
Durante a presidência de Castello Branco foi adido militar em Washington. Em 1967, já durante o governo de Costa e Silva, tornou-se chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), mas em 1969 passou a ocupar o comando do III Exército no Rio Grande do Sul.
Com a enfermidade de Costa e Silva foi o escolhido pelo Alto Comando do Exército para sucedê-lo, assumindo a presidência após a confirmação do Congresso Nacional em 30 de outubro de 1969.
Integrante da “linha dura”, Médici fez o governo mais violento do regime militar. Adotou a prática da tortura e a censura da imprensa como forma de silenciar a oposição ao regime militar. Durante seu governo morreram os guerrilheiros Carlos Lamarca e Carlos Marighela.
Mesmo com os atos de barbaridade do governo, Médici conseguiu altos índices de popularidade aproveitando da euforia com a vitória na Copa do México em 1970 e com um programa de atração dos capitais estrangeiros e incentivos à exportação que produziu altos índices estatísticos, criando o chamado “Milagre Econômico”.
Nesse período, Médici deu início à construção das rodovias Transamazônica e Perimetral Norte, da ponte Rio-Niterói e fechou o acordo para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu em parceria com o Paraguai. Médici foi sucedido em 1974 por Ernesto Geisel e faleceu em 9 de outubro de 1985.