Biografias Geisel

Biografias Geisel

Nome: Ernesto Geisel
Local e ano do nascimento: Bento Gonçalves – RS, 1908
Local e ano do falecimento: Rio de Janeiro – RJ, 1996

Filho do casal de alemães luteranos Augusto Guilherme Geisel e Lídia Beckman, que migraram para o Brasil em 1889, entrou no Colégio Militar de Porto Alegre em 1921. Aos 17 anos, em 1925, ingressou na Escola Militar do Realengo, seguindo o caminho de seus irmãos Henrique e Orlando.

Em 1930, participou da Revolução que depôs Washington Luís. A partir desse momento, Geisel entrou para vida política, desenvolvendo-a paralelamente à carreira militar. Em 1931, ocupou o cargo de secretário do Interior do Rio Grande do Norte. No ano seguinte, participou das tropas que combateram os rebeldes da Revolução de 32 e ocupou a secretaria da Fazenda, Agricultura e Obras Públicas da Paraíba.

Ernesto Geisel participou do Curso de Estado-Maior e Comando em Fort LeavenWorth nos Estados Unidos em 1945 e participou do corpo permanente da Escola Superior de Guerra.

Em 1960, foi promovido ao posto de general-de-brigada e no ano seguinte assumiu a chefia da Casa Militar desempenhando um papel preponderante na crise após a renúncia de Jânio Quadros. Geisel participou das negociações entre os ministros militares e o Congresso na adoção do parlamentarismo, que garantiu a presidência de João Goulart.

Em 1964, participou do golpe militar que depôs Jango e foi convidado para chefiar a Casa Militar no governo Castello Branco. No mesmo ano foi promovido a general-de-divisão e em 1966, general-de-exército.

Em 1967, assumiu como ministro do Superior Tribunal Militar permanecendo nesse cargo até 1969, quando assumiu a presidência da Petrobrás. Durante sua permanência na Petrobrás, Geisel investiu na exploração da plataforma submarina, na pesquisa e exploração e no aumento do mercado distribuidor.

Em 1973, foi escolhido pelo Alto Comando das Forças Armadas para ocupar a presidência no lugar de Médici e no começo de 1974 foi confirmado pelo colégio eleitoral, tomando posse em 15 de março.

No mesmo ano em que tomou posse, a oposição (MDB) conseguiu importantes vitórias eleitorais. Nessa mesma época o “Milagre Econômico” chegava ao fim e devido a isso, teve início a abertura política “lenta, gradual e segura” promovida por Geisel.

Em 1977, Geisel fechou o Congresso durante duas semanas e editou o “Pacote de Abril” que visava conter o crescimento da oposição. As principais medidas do pacote foram: aumento do mandato presidencial de 5 para 6 anos, manutenção das eleições indiretas para os governadores e criação do senador biônico, eleito indiretamente.

No final de seu governo, em 1978, enviou uma emenda para o Congresso acabando com o AI-5. Externamente, a política do governo Geisel reatou as relações diplomáticas com a China, procurou aumentar a presença brasileira na África e assinou um tratado nuclear com a Alemanha. Em 1979, deixou a presidência para Figueiredo.

Geisel morreu em 1996 no Rio de Janeiro vítima de uma broncopneumonia, decorrente de um câncer generalizado.