Biografias Epitácio Pessoa
Nome: Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa
Local e ano do nascimento: Umbuzeiro – PB, 1865
Local e ano do falecimento: Petrópolis – RJ, 1942
Órfão, Epitácio Pessoa foi criado pelo tio, o barão de Lucena. Em 1886, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, sendo em seguida nomeado promotor público de Bom Jardim e Cabo.
Após a proclamação da República foi nomeado secretário-geral da Paraíba. Com a Assembléia Constituinte foi eleito deputado constituinte. Com a promulgação da Constituição de 1891 foi candidato, novamente a deputado, sendo reeleito para a legislatura de 1891-94.
Em 1898, foi nomeado por Campos Sales para ocupar o Ministério da Justiça, permanecendo nesse cargo até 1902, quando foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período em que ocupou o ministério da Justiça e o Supremo Tribunal Federal, Epitácio Pessoa realizou reformas na magistratura e remodelou o regimento interno do STF.
Em 1912, aposentou-se no STF e elegeu-se senador pela Paraíba, mas logo depois partiu para Europa permanecendo lá até 1914. Em 1919, com o fim da Primeira Guerra Mundial, foi escolhido o presidente da delegação brasileira na Conferência de Paz em Versalhes. Mesmo estando na Europa, Epitácio Pessoa concorreu à presidência da República, como candidato da política do café-com-leite, vencendo Rui Barbosa.
O mandato de Epitácio Pessoa foi repleto de crises sociais e políticas que iniciaram o fim da República Velha. Logo ao tomar posse, Epitácio nomeou dois civis para ocuparem os Ministérios da Guerra e da Marinha, desagradando profundamente os militares.
Enfrentou também uma demorada greve em São Paulo e fechou um dos principais órgãos de comunicação da classe operária, o jornal A Plebe.
No final de seu mandato em 1922, ocorreram duas outras graves crises. A primeira provocada pelas cartas falsas publicadas pelo jornal Correio da Manhã, onde o candidato do governo à presidência, Artur Bernardes, chamava o ex-presidente Hermes da Fonseca de “sargentão sem compostura”. A segunda foi a Revolta do Forte de Copacabana que iniciou o movimento tenentista.
Com o fim de seu mandato, Epitácio Pessoa foi nomeado juiz da Corte Permanente da Justiça Internacional de Haia, cargo que ocupou até 1930. Afastou-se da vida pública com a morte de seu sobrinho, João Pessoa, e morreu aos 77 anos com mal de Parkinson.