Biografia Getúlio Vargas
Nome: Getúlio Dornelles Vargas
Local e ano do nascimento: São Borja – RS, 1882
Local e ano do falecimento: Rio de Janeiro, 1954
Getúlio Vargas era filho do militar Manuel do Nascimento Vargas e da filha de estancieiros gaúchos, Cândida Dornelles. Aos 15 anos, alistou-se no Exército, sendo promovido a sargento em 1899. Estudou na Escola Militar, mas foi afastado por ter participado de um motim. Logo depois pediu baixa do Exército e ingressou na Faculdade de Direito de Porto Alegre, formando-se em 1907 e ocupando a segunda promotoria em Porto Alegre.
A vida política de Getúlio Vargas começou com a eleição para deputado estadual pelo Partido Republicano Rio-Grandense em 1909, sendo reeleito em 1917 e 1921. Em 1923, foi eleito deputado federal.
Em 1926, Getúlio Vargas abandonou a Câmara dos Deputados para assumir o cargo de ministro da Fazenda do governo Washington Luís, ficando até o ano seguinte, quando concorreu e venceu a eleição para a presidência do Rio Grande do Sul.
Em 1930, como integrante da Aliança Liberal, concorreu à presidência da República e foi derrotado pela chapa situacionista apoiada por Washington Luís. Em outubro do mesmo ano deu um golpe de Estado impedindo a posse dos eleitos, Júlio Prestes e Vital Soares, que ficou conhecido como Revolução de 30. Assumiu a chefia do governo provisório. Enfrentou em 1932 a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Em 1934, foi eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Antes de terminar o seu mandato, deu um novo golpe, inaugurando o Estado Novo. Durante esse governo atuou aumentando a centralização do poder, instituiu uma política de intervenção estatal na economia e adotou medidas trabalhistas com a intenção de controlar as organizações operárias.
Em 1945, mesmo tentando permanecer no poder, foi deposto por um golpe militar. Com a redemocratização do país e a elaboração de uma nova constituição, Getúlio ajudou na criação do Partido Social Democrático (PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sendo eleito senador e deputado por vários estados. A partir daí, iniciou uma campanha de ataques ao seu antigo aliado e presidente da República, Eurico Dutra.
Usando de um discurso nacionalista e populista concorreu à presidência em 1950 e foi eleito, assumindo a presidência no ano seguinte. Implantando sua política nacionalista, Getúlio criou o monopólio do petróleo e da eletricidade e chegou a dar 100% de aumento para o salário dos trabalhadores. Sofrendo oposição das camadas conservadores da sociedade, Getúlio se viu pressionado a abandonar o cargo. Com o atentado ao jornalista Carlos Lacerda promovido pelo chefe de sua guarda pessoal, Getúlio ficou numa situação insustentável e suicidou-se com um tiro no peito na madrugada de 24 de agosto de 1954.