Fica até engraçado começar esse post, casado que sou com uma paraense que nem sempre encara Belém como uma cidade turística. É legal ser levado para apreciar o que a cidade tem de melhor, e com os dois olhares; o de um “estrangeiro”, eu, e uma “local”, a Annete.
Não consigo começar a falar de Belém sem pensar em culinária. A diferença gigantesca entre São Paulo e Belém nesse aspecto mostra a riqueza da diversidade brasileira, realmente parece que estamos em outro país.
Ao ir para Belém vale a pena ir com apetite, e aberto a experimentar, oportunidade não vai faltar.
Começando por um dos pratos típicos, o Pato no Tucupí. Resguardado na maioria das vezes para ocasiões especiais, também pode ser encontrado em restaurantes que oferecem pratos típicos da região. Essa iguaria mistura o Tucupí, caldo extraído da mandioca brava, e o pato, e ainda leva um tempero adicional do Jambu, uma folha que além de temperar gera uma dormência única na boca.Esquisito e gostoso.
Em misturar temperos os paraenses são especialistas, ainda com a base de Tucupí e Jambu tem o Tacacá, que leva o complemento do camarão. O mais interessante desse prato é a sua apresentação e a forma como é vendida. Servido em uma cuia de cabaça normalmente é encontrado em barraquinhas de venda na rua, como os “dogões” de São Paulo.
A Maniçoba é outra iguaria paraense, feita com a folha da mandioca brava, que cozinha por 10 dias para tirar os efeitos venenosos do ácido cianídrico, mas vale a pena! Essa mistura de carnes típicas da feijoada, que invés de feijão ganha a folha como complemento tem um sabor único, as vezes não tão bonito de ver mas uma delicia de se provar.
As frutas vendidas são típicas da Amazônia. A melhor forma de experimenta-las é na forma de sorvete, fazendo uma visita a Cairu, sorveteria com muitas filias, que é especializada em sorvetes típicos da região.
Muitos nomes e cores diferentes. O ideal… cara de pau.. pedir uma colherzinha de prova de cada um.Minha recomendação: Taperebá.
Ah, e tem também o Açai…
Quem vai ao Pará parou…tomou Açai ficou…
Na sua forma mais pura, é tomado em temperatura ambiente e com farinha de tapioca, bem diferente do Açai difundido pelo resto do Brasil.
E a pizza de Jambu com camarão é outra experiência na culinária paraenses que não pode faltar.
Tá, mas ta bom de comida…Dá pra passar o dia todo falando de comidas novas que você só encontra em Belém.
Mas além de comida, Belém tem muito a oferecer aos viajantes.
Considerada a porta de entrada da floresta Amazônica, é fácil chegar na beira do rio e ver onde começa a Amazônia. Fácil mesmo é encontrar uma rixa entre belenenses e manauaras para saber qual é a capital da Amazônia, Belém ou Manaus.
Rixas a parte vamos ao que interessa.
O que fazer em Belém:
-Mangal das Garças. A beira do Rio Guamá, o mangal das garças é um complexo, com restaurante, borboletário, orquidário, jardins e viveiros.
-Estação das Docas. Antigo porto da cidade, hoje está reconfigurado e todo projetado para o turismo. Lojinhas de artesanato, restaurantes de comida típica, tudo a beira do rio para aproveitar o visual.
-Bar Palafita e Casa das Onze Janelas. Ambos são bares restaurantes na beira do rio. O primeiro é mais informal e é construido todo em palafita, mais focado em petiscos e bebidas, já a Casa das Onze Janelas é um pouco mais arrumadinho e conta com um cardápio com mais opções de comidas.
-São José Liberto.Antigo presídio, hoje abriga o polo joalheiro. Além de poder ver os joalheiros com mãos na obra, toda história do presídio ainda está presente com exposições e fotos.
-Passeios da Vale Verde. Localizada na Estação das Docas essa operadora de turismo oferece vários passeios de barco pelas águas do rio Guamá. Desde de passeios de uma hora para apreciar o por-do-sol e música regional, até passeios de 3 dias até a Ilha do Marajó.
-Mosqueiro. A apenas uma hora de Belém fica Mosqueiro, uma ilha com diversas praias fluviais que parecem praias de mar, a única diferença é a água doce. O rio é tão grande que dificilmente você irá avistar a outra margem. Experiência indispensável para quem visita Belém.
-Ver-o-Peso. O mercado aberto a beira do rio é um dos patrimônios da cidade. É possível encontrar de tudo, desde águas de cheiro que curam até a falta de amor, até peixes e castanhas do Pará fresquinhos.