Bali, com o espírito elevado

Bali, com o espírito elevado
Bali, na Indonésia, é uma ilha de magia, demônios, cerimônias assombrosas e com uma receptividade sacralizada nas crenças de cada uma de suas vilas

Nos campos de arroz, os templos homenageiam os deuses balineses da fertilidade e da prosperidade
Nos campos de arroz, os templos homenageiam os deuses balineses da fertilidade e da prosperidadeNa extremidade de um campo de arroz verdejante, um agricultor oferece parte de seu café da manhã aos espíritos. Ele põe fatias de banana e um punhado de açúcar em uma bandeja de folhas de palmeiras trançadas e acende um palito de incenso, combinando sua prece por uma colheita farta com a fumaça perfumada que agora se espalha pela encosta. Raios de sol surgem entre as árvores, em meio à neblina que repousa como um travesseiro sobre o vale abaixo.

Galos saem do meio da densa folhagem tropical para anunciar abruptamente a chegada do dia. Camadas de som se sobrepõem: o bater suave das asas de libélulas; o barulho dos grilos; o cacarejo de uma galinha cercada de pintinhos; e o ruído de uma motocicleta passando à distância.

Pertinho da linha do equador, a vida é abundante. As cercas vivas estão repletas de mangostins, abacaxis e papaias. Bandos de garças brancas e brilhantes acomodam-se sobre os terraços de arrozais, esperando famintas por peixes nas águas claras que correm por ali. Outro som surge em meio à sinfonia dessa paisagem que desperta de seu repouso: vassouras varrendo ritmicamente os pátios das casas próximas. Pais e avós arrumam cascatas de plantas buganvília e frangipani, afastando as flores caídas, enquanto crianças com uniformes impecáveis seguem para a escola carregando simples galhos e ferramentas para limpar os playgrounds.

Hoje, como na maioria dos dias, oferendas estão sendo depositadas no chão da entrada das casas e em templos familiares enfeitados, para afastar os espíritos demoníacos e saudar o sol. Aqui, os rituais estão intimamente ligados ao dia a dia. “As pessoas demonstram esse respeito”, diz o senhor Agung Rai, guia e espécie de embaixador do distrito vizinho à cidade de Ubud, o coração geográfico e cultural de Bali.

Agung Rai nasceu em uma família de fazendeiros que pode traçar sua história até o século 14. Nos anos 1970, ele convidou alguns dos primeiros mochileiros que passavam por Bali para ficar na casa simples, de um cômodo, de sua família ancestral, e aprender as tradições singulares da ilha. Investiu em uma motocicleta para transportá-los, vendeu a eles algumas pinturas e começou a trilhar o caminho que um dia o levaria a abrir uma galeria, um hotel e um belo museu de arte em Ubud. Agung Rai viajou pela Europa para comprar e trazer para casa pinturas e tecelagens balinesas colecionadas na época da influência colonial holandesa sobre a Indonésia – no século 19 e início do 20 – e abriu escolas para crianças locais aprenderem dança, música e pinturas tradicionais.

Ele se maravilha com os detalhes mais simples. “Isso aqui não é apenas limpo, é artístico. Olhe, uma escultura viva, o controlador da vila”, diz ele, apontando para um pobre cachorro que nos observa de um portão. Dizem que os cães têm uma capacidade instintiva de detectar os espíritos demoníacos tão significativos para os balineses. Seus latidos são bem-vindos à noite, porque afastam forças negativas.

Enquanto voltamos para os campos de arroz, Agung Rai acende um cigarro com cheiro de cravo e aponta para o vulcão sombrio, e ainda ativo, que tem um nome em comum com o dele: Gunung Agung, a mais alta e sagrada montanha de Bali, da qual, dizem, saem rios e de onde o solo vulcânico tira sua fertilidade. Ele sorri ao encontrarmos o que chama de “um trator balinês”: um agricultor com lama e água até os joelhos, tentando conduzir duas vacas pequenas e um arado por uma terra onde a colheita aconteceu recentemente.

Colheitas de arroz abundantes são comuns em Bali e revelam as vantagens de trabalhar conjuntamente. Organizações de agricultores de arroz existem há pelo menos um milênio. Hoje são conhecidas como subaks e frequentemente lideradas por um agricultor cujo lote fica na parte mais baixa de um terraço de plantações. Seu trabalho é assegurar que a água seja distribuída igualmente entre todas as vilas e lotes da região. Os membros de um subak têm o próprio templo e lá se reúnem para organizar reparos no labirinto de canais de irrigação e para planejar quando começar a plantar, arar, colher e até mesmo permitir a presença de bandos de patos nos campos. “Raramente se vê um conflito. O templo ajuda a unir os membros”, diz Agung Rai. “Eles acreditam que Deus é testemunha e que não podem mentir.”

Bali é uma ilha formada por comunidades dentro de comunidades – e comunidades sobrepondo-se a outras comunidades. As casas tendem a ser passadas entre famílias, e não vendidas, os campos de arroz são compartilhados com aqueles que mais precisam, as religiões dos outros são respeitadas e há uma espécie de crença profunda de que os visitantes devem ser tratados calorosamente. A maioria das famílias, clãs, moradores de vilas, nobres, pescadores e agricultores de arroz é guiada por uma crença no carma e uma série de rituais antigos, praticados em milhares de templos espalhados pela ilha, cuja extensão é de cerca de 145 quilômetros.

Dewi Sri é a deusa da fertilidade hindu e balinesa, e é para ela que os agricultores de arroz fazem suas oferendas cuidadosamente, em modestos templos de bambus localizados na extremidade de cada campo. A figura da divindade é identificada com o espírito do arroz que era cultuado pelo povo original de Bali antes de comerciantes indianos trazerem o hinduísmo, que se espalhou no século 7º. Ondas de imigrantes e governantes hindus chegaram a Bali nos séculos que se seguiram, escapando com determinação da disseminação do Islã em Java e em outras ilhas da região. Embora 93% da população de Bali seja oficialmente hindu, a versão desta religião praticada aqui não existe em nenhum outro lugar. Influências do budismo e do confucionismo podem ser encontradas – são também remanescentes de ondas de migração provenientes de terras tão distantes quanto o norte da Índia e a China – e as crenças animistas dos nativos balineses continuam sendo uma influência em grande parte da vida diária.

Dizem que espíritos demoníacos estão à espreita em toda parte e têm seus lugares favoritos para se esconder: cruzamentos de ruas; cemitérios; rios; pedras grandes; árvores específicas. Em um mercado, escola ou hotel de luxo, templos são erguidos para que as pessoas possam deixar suas oferendas e manter esses espíritos satisfeitos.

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Pete Seaward
Cerimônia de cremação na vila de Klutsu
Cerimônia de cremação na vila de KlutsuUm dos maiores templos de Bali fica a apenas dez minutos das ruas caóticas de Ubud. A própria selva parece ter gerado Pura Samuan Tiga, uma profusão de monumentais portões, escadas e pavilhões para alegres apresentações de dança, sacrifícios de galos e oferendas solenes. O templo data do século 11, foi reconstruído depois de um terremoto em 1917 e sempre foi conhecido como um lugar de união entre religiões – o casamento do rei balinês budista Udayana com a princesa javanesa hindu Mahendradatta está na lenda de sua origem. Espíritos guardiões são representados por estátuas de arenito assustadoras, com olhos arregalados e dentes expostos, cobertas com espessas camadas de musgo e líquen. Uma grande figueira lança sua sombra sobre o templo, seus galhos tocando o solo. “Este é o rei dos reis de todas as árvores”, diz Agung Rai, acrescentando tratar-se de uma casa formidável para os espíritos que vivem ali.

Uma cantoria com bater de palmas ecoa pelo pátio central enquanto uma professora ensina dança para um grupo de meninas de 8 e 9 anos, que parecem bonecas. Com faixas na cintura, elas contorcem os braços delicadamente e são incentivadas a virar os olhos dramaticamente para a esquerda e em seguida para a direita. A intensa concentração dá lugar a risinhos quando uma das meninas erra ao tentar manter o ritmo da melodia.

Anna, Citra, Riska, Meri e Tari vivem em vilas que se espalham pelo distrito de Ubud e reúnem-se três vezes por semana para praticar seus movimentos de dança. A professora, Ni Luh Mas Sriyati, vem de uma família de artistas e músicos. Começou a aprender dança aos 8 anos e aos 10 aventurou-se por uma longa turnê pela Austrália. “Em Bali, temos uma cultura especial”, diz ela. “Em muitas de nossas cerimônias, a dança ainda está ligada à oração. Achamos que se não aprendemos a dançar a vida não está completa.”

As meninas estão começando a aprender o Rejang, uma dança tão sagrada que só pode ser praticada dentro de templos. “É preciso dançar com muita paixão”, diz Luh Mas. “Quanto mais lentos os movimentos, mais claramente eles podem ser expressados.” O Pendet, uma dança para dar boas-vindas a convidados, é a lição seguinte. A professora demonstra orgulho ao dizer: “Elas gostam de dançar, aproveitam bem as aulas”. Enquanto a professora canta novamente, as meninas mexem os braços em sincronia e jogam flores retiradas de uma tigela de oferenda. Neste lugar silencioso e sagrado, é uma visão prazerosamente alegre.

Luh Mas explica que embora alguns meninos aprendam a dançar, a maioria prefere entrar para o gamelão. Trata-se de uma orquestra com muitos instrumentos feitos de madeira e lata, tipicamente acompanhados por flautas de bambu, tambores, gongos e címbalos. O gamelão exige uma sincronização perfeita entre seus músicos. A música que eles criam tem a intenção de servir de trilha sonora para o sonho mais estranho que se possa ter, algo sobrenatural e místico.

Passear pelas vilas de Bali é se deparar, na maioria dos dias, com algum tipo de cerimônia realizada ao som vibrante de um gamelão. Pode ser, por exemplo, uma celebração para tornar um pouco mais retos os dentes da frente de adolescentes – incisivos pontudos significam possessão por espíritos demoníacos. Ou pode ser também a dança Barong, na qual o equivalente a um dragão chinês luta com uma imagem de Rangda, a bruxa, e traz equilíbrio espiritual ao lugar onde a dança é executada. Ou ainda o que está acontecendo hoje, enquanto o sol se esconde atrás das montanhas: uma cremação em massa.

Em uma rua que atravessa um campo de arroz e um coqueiral, na vila de Klusu, o gamelão segue em ritmo acelerado. “Eles estão energizando os espíritos dos mortos”, grita Agung Rai, enquanto o volume aumenta. O objetivo é dar aos mortos a despedida mais positiva imaginável, preparando-os para a reencarnação. Parentes e vizinhos passaram duas semanas fazendo manualmente sarcófagos espetaculares, cada um deles representando a casta da pessoa cujos restos recentemente exumados serão carregados dentro deles. Dispostos em fila à frente, os sarcófagos assumem a forma de dois touros pretos, um touro branco e um tigre vermelho. As oferendas são abençoadas por um sacerdote: água dos lugares mais sagrados de Bali; uma ave-do-paraíso empalhada para ajudar a transportar o espírito da pessoa para o alto; e uma coleção de sarongues para serem vestidos no momento do julgamento.

Mulheres das famílias dos mortos levam presentes para os deuses em um desfile pelo cemitério, enquanto mais de 25 homens erguem os sarcófagos sobre estruturas de bambu. Os homens festejam agitados enquanto avançam, girando seus corpos num cruzamento para espantar os demônios, guiados pela música do gamelão.

Os sarcófagos são depositados sobre uma pilha de lenha, no cemitério, com oferendas dentro deles. Um vendedor de sorvete é atraído pela multidão e estaciona sua motocicleta, enquanto versinhos infantis saem de um alto-falante cor-de-rosa pendurado na lateral. A melodia simples acompanha o momento em que tochas são acesas, e logo a fumaça das piras do funeral está enegrecendo o céu. “Agora os espíritos serão purificados”, diz Agung Rai. “Isso é um motivo para se alegrar.” As famílias esperam encontrar esses mesmos espíritos no futuro. Um mês depois de uma criança nascer, um sacerdote é solicitado a dizer se é um parente que retornou.

Enquanto a noite se aproxima, as cinzas da cremação são depositadas em um rio, nas mesmas águas em que os moradores se lavam e que irrigam seus campos de arroz. O oceano azul espera por estes restos mortais. Por ora, a visita a essa ilha abençoada está encerrada para estes espíritos de pessoas queridas perdidas; eles partem com a certeza de que sempre serão bem recebidos de volta.

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Pete Seaward
Meninas preparam-se para apresentar danças típicas de Bali, importante tradição local
Meninas preparam-se para apresentar danças típicas de Bali, importante tradição localBALI: PARA CHEGAR LÁ

Duas semanas é o tempo ideal para uma introdução a Bali, conhecendo as tradições seculares no centro da ilha e passeando por campos de arroz, antes de relaxar nas praias do sul

DICAS BÁSICAS

Como chegar

A Qatar Airways e a South African Airways oferecem voos partindo de São Paulo para Bali com tarifas que variam entre US$ 2.500 e US$ 3.000.

Circulando

Os táxis são a opção mais segura e conveniente, já que as estradas podem ser movimentadas e caóticas. Os táxis do sul da ilha costumam ter taxímetro. Programe-se para pagar em torno de US$ 20 uma corrida do principal aeroporto, ao sul de Kuta, para Ubud, perto de centro.

Leitura adicional

O guia Bali & Lombok (R$ 54), da Lonely Planet, oferece muitas informações detalhadas. O livro Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert (Editora Objetiva), tem motivado muita gente a visitar Bali.

NOVE MANEIRAS DE CONHECER

1. O nome do Arma Resort, em Ubud, não ajuda a expressar o quanto este hotel-butique é tranquilo – um lugar ideal para entrar no ritmo de Bali. O proprietário, Agung Rai, comprou os terraços de arroz próximos para manter a serenidade desse pequeno grupo de casas de estilo tradicional e prédios com boa acomodação (a partir de US$ 90).

2. Junto ao Arma Resort, e aberto a todos, fica o Museu de Arte Agung Rai. Passeie por galerias, aproveite uma apresentação de dança ou veja crianças locais praticando dança ou tocando no gamelão nas manhãs de domingo (entrada do museu US$ 3).

3. Nasi Goreng é um prato delicioso e básico encontrado em Bali e em toda a Indonésia. Tipicamente, combina arroz, ovos, cebola, alho, camarão, frango e um bocado de pimenta. É apreciado por alguns no café da manhã, no almoço e no jantar.

4. Há muitas caminhadas excelentes perto de Ubud, e que levam você a campos de arroz, à selva, ao vale de Sungai Ayung e à vila de artistas Penestanan, a noroeste. Vá com calçados adequados, leve água e uma capa impermeável para proteger-se das chuvas tropicais. Programe-se para sair ao amanhecer.

5. Pura Samuan Tiga é um dos templos mais espetaculares de Bali, pouco mais de seis quilômetros a leste de Ubud. Deixe pelo menos uma doação modesta ao entrar (o quanto você quiser), use uma faixa na cintura ou sarongue para demonstrar respeito e evite tirar fotos de cerimônias religiosas.

6. O Gunung Agung, ou monte Agung, é o vulcão mais alto e mais sagrado de Bali. A subida de quatro horas até a cratera exige bom preparo físico e um guia.

7. Faça uma visita matinal ao mercado de peixes de Jimbaran, no sul de Bali, e vejas pescadores balineses e javaneses ajudando uns aos outros a arrastar seus jukungs – barcos tradicionais – para a praia. O Ayana (dica 8) oferece guias locais a hóspedes.

8. Relaxe e aproveite a vista do oceano Índico no Ayana, perto de Jimbaran. Ali há um dos maiores complexos de spa do mundo, com tratamentos que incluem diversos tipos de massagem enquanto se assiste ao pôr do sol do Spa on the Rocks. A acomodação inclui quartos para casais e casas opulentas no alto do penhasco (quartos a partir de US$ 162).

9. Na ponta mais ao sul de Bali fica o Pura Luhur Ulu Watu. A vista desse templo é também gloriosa, mas mantenha copos e joias bem longe do alcance dos macacos locais (entrada a US$ 0,41, incluindo aluguel de sarongue e faixa).

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Bali é um excelente lugar para mergulhar em meio a arraias e peixes de várias espécies
Bali é um excelente lugar para mergulhar em meio a arraias e peixes de várias espéciesMERGULHO, ETIQUETA E SEGURANÇA EM BALI
Saiba como aproveitar ainda mais a sua viagem a essa linda e exótica ilha, seja em mergulhos memoráveis ou comportando-se adequadamente

Com uma água quase sempre morna, extensos recifes com corais e vida marinha abundante, Bali oferece muitas oportunidades para aqueles que querem aprender a mergulhar, bem como para mergulhadores mais experientes. O primeiro passo é encontrar um lugar que disponibilize instrutores e equipamentos. Procure um Centro de Mergulho da Padi (Associação Profissional de Instrutores de Mergulho) – este deve corresponder ao mais alto padrão e pode oferecer uma boa série de cursos para obter o certificado de mergulhador. Um deles é o Geko Dive, em Padangbai, na costa leste, com grande respeito pelo meio ambiente. Seu curso Discover Scuba Diving custa aproximadamente US$ 80 e, em apenas um dia, você vai de um treinamento na piscina para encontros com peixes incríveis nos corais locais. Já os mergulhadores qualificados podem ser levados para observar arraias e o mola-mola, um peixe enorme que se aproxima bastante, para a alegria de quem o observa.

Como seguir as regras de etiqueta em Bali?

Distante da região turística muito desenvolvida de Kuta, no sul, Bali é, em geral, um lugar receptivo para explorar, contanto que certas convenções sejam mantidas. Visitar um templo é uma experiência essencial e, ao fazer isso, é importante usar roupas limpas e arrumadas, além de um seladong (véu tradicional) ou faixa amarrada na cintura para mostrar respeito aos deuses. Muitos templos têm esses acessórios para alugar, mediante um pequeno donativo, e você pode comprá-los em toda parte. Esse modo de vestir também se aplica à observação de uma cerimônia de cremação. Deve-se demonstrar respeito aos sacerdotes, principalmente em festivais; evite ficar num plano mais alto que o deles, como, por exemplo, em cima de um muro para tirar fotos. Mulheres grávidas, que deram à luz recentemente, que estão menstruadas ou que estão de luto há pouco tempo são consideradas impuras e, em geral, solicitadas a não entrar em complexos de templos.

É segura?

Assim como Londres e Nova York, Bali sofreu na mão de extremistas. Em 12 de outubro de 2002, bombas explodiram em frente a um bar e uma boate em Kuta, reduto de mochileiros, matando 202 pessoas. Autoridades indonésias culparam o grupo terrorista islâmico Jemaah Islamiyah – com raízes fora de Bali – pelas explosões. O mesmo grupo atacou novamente em 1º de outubro de 2005: três homens-bombas explodiram, matando um total de 20 pessoas num restaurante em Kuta e em dois cafés em frente à praia em Jimbaran. As atrocidades foram um golpe contra séculos de tolerância praticada em Bali. Desde então, porém, o número de visitantes só faz aumentar, garantindo um dinheiro do qual muitos na ilha dependem. Para conselhos atualizados sobre viagem e segurança, acesse Lonely Planet.