Rainha Elizabeth II

Rainha Elizabeth II: A Rainha que Marcou a História com o Reinado Mais Longo

Rainha Elizabeth II (1926-2022) foi rainha da Inglaterra e uma das figuras mais influentes e icônicas do século XX e XXI. Com uma trajetória marcada por momentos históricos e transformações sociais, Elizabeth se destacou como a monarca que mais tempo permaneceu no trono britânico: 70 anos. Desde sua coroação aos 25 anos até sua morte aos 96, ela conduziu o Reino Unido e a Commonwealth com uma postura de estabilidade e dedicação.


Infância e Educação

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Mayfair, Londres. Era a primeira filha de Albert Frederick Arthur George (mais tarde Rei George VI) e Elizabeth Bowes-Lyon (a Rainha Mãe). Durante sua infância, ela e sua irmã mais nova, Margaret, foram educadas por tutores no ambiente familiar, aprendendo história, francês e princípios da monarquia.

Em 1936, a morte de seu avô George V levou seu tio Eduardo VIII ao trono, mas sua abdicação no mesmo ano para se casar com Wallis Simpson, uma americana divorciada, mudou o rumo da família. Seu pai, George VI, assumiu como rei, e Elizabeth, com apenas 10 anos, tornou-se a primeira na linha de sucessão. Desde cedo, já acompanhava o pai em compromissos oficiais, preparando-se para assumir um papel de destaque na monarquia.


Casamento e Coroação

Em 20 de novembro de 1947, Elizabeth casou-se com Philip Mountbatten, um oficial da marinha grega e dinamarquesa. O casamento ocorreu na Abadia de Westminster e reuniu líderes de várias nações. Após a união, o casal viveu em Clarence House, e tiveram quatro filhos: Charles (1948), Anne (1950), Andrew (1960) e Edward (1964).

Aos 25 anos, Elizabeth assumiu o trono após a morte repentina de seu pai em 6 de fevereiro de 1952. A coroação oficial aconteceu em 2 de junho de 1953, também na Abadia de Westminster, marcando o início de um reinado que se tornaria o mais longo da história britânica.


Reinado e Impacto Global

O reinado de Elizabeth II atravessou momentos históricos cruciais, como a descolonização da África, a Guerra Fria, o surgimento da União Europeia e o avanço das tecnologias modernas. Ela também se destacou como a Chefe da Commonwealth, uma comunidade de nações formada por antigas colônias britânicas.

A rainha manteve um papel essencialmente simbólico e constitucional, mas participou de momentos decisivos como a nomeação de 15 primeiros-ministros, começando com Winston Churchill e terminando com Liz Truss, pouco antes de sua morte. O compromisso com a continuidade da monarquia e o dever público fizeram de Elizabeth uma figura de confiança em meio às mudanças sociais e políticas que marcaram o século XX e XXI.


Família e Escândalos

Ao longo de seu reinado, a Família Real enfrentou momentos de alegria e tragédias públicas. O casamento de seu filho Charles com Diana Spencer, em 1981, foi acompanhado com entusiasmo pelo mundo todo, mas o divórcio turbulento e a morte de Diana em 1997 marcaram profundamente a monarquia e afetaram a imagem pública da família.

Elizabeth também viu outros filhos, como Andrew e Anne, enfrentarem separações e escândalos. No entanto, a rainha sempre manteve uma postura reservada e resiliente diante das controvérsias, preservando a estabilidade da coroa.


Jubileus Históricos: Diamante, Safira e Platina

Elizabeth II celebrou marcos históricos impressionantes durante seu reinado.

  • Jubileu de Diamante (2012): Marcou 60 anos de reinado, com uma grande festa nacional e um show que reuniu artistas como Paul McCartney e Stevie Wonder.
  • Jubileu de Safira (2017): Comemorou 65 anos no trono, tornando-se a única monarca britânica a atingir essa marca.
  • Jubileu de Platina (2022): Aos 95 anos, Elizabeth II celebrou 70 anos de reinado. As festividades aconteceram entre 2 e 5 de junho, com desfiles militares e eventos públicos que reuniram milhares de pessoas no Reino Unido e na Commonwealth.

A Morte de Philip e Seus Últimos Anos

Em 9 de abril de 2021, Elizabeth perdeu seu marido, Philip Mountbatten, Duque de Edimburgo, com quem esteve casada por 69 anos. A morte de Philip marcou profundamente a rainha, que passou seus últimos anos mais isolada, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Mesmo assim, manteve sua agenda oficial e participou das celebrações do Jubileu de Platina em 2022, embora com a saúde debilitada.


Morte e Sucessão

Em 8 de setembro de 2022, Elizabeth II faleceu pacificamente aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Sua morte encerrou uma era de 70 anos de reinado, deixando seu filho, Charles III, como sucessor do trono britânico.

A transição foi tranquila e seguiu os protocolos tradicionais da monarquia. No anúncio oficial, o Palácio de Buckingham comunicou:
“A rainha morreu em paz, nesta tarde, no Palácio de Balmoral. O sucessor Charles III e a rainha consorte permanecerão em Balmoral e retornarão a Londres amanhã.”


O Legado de Elizabeth II

Elizabeth II será lembrada como uma rainha de resiliência e estabilidade, que atravessou sete décadas de profundas transformações sociais e políticas. Seu reinado ajudou a modernizar a monarquia, mantendo-a relevante em tempos de mudanças culturais.

Ela também foi um símbolo de continuidade e unidade para o Reino Unido e a Commonwealth. Suas ações durante momentos de crise – como a pandemia, a morte de Diana, e os escândalos envolvendo a família real – foram marcadas por sua calma e senso de dever público.

Seus cães corgi, sua paixão por corridas de cavalos e sua presença constante em eventos públicos ajudaram a humanizar sua imagem e aproximá-la do público.


Conclusão

A rainha Elizabeth II deixou um legado duradouro, não apenas como a monarca mais longeva do Reino Unido, mas também como um símbolo de estabilidade em tempos turbulentos. Sua liderança discreta, mas eficaz, garantiu que a monarquia permanecesse relevante e admirada por gerações.

Com sua morte, a transição para o rei Charles III marca o início de uma nova era, mas o impacto e a memória de Elizabeth II permanecerão vivos na história e no imaginário popular. Como rainha, esposa, mãe e avó, Elizabeth II será sempre lembrada como uma figura monumental do século XX e XXI.