Tavinho Fialho, nome artístico de Otávio Coelho Fialho, foi um baixista e compositor brasileiro de enorme talento, cuja contribuição à música brasileira continua a ser celebrada. Nascido em 2 de dezembro de 1960, no Rio de Janeiro, e falecido tragicamente em 22 de agosto de 1993, aos 32 anos, em um acidente de carro, sua curta vida foi marcada por colaborações com grandes nomes da música e um legado duradouro.
Tavinho Fialho: Um Artista Ímpar
Nome completo: Otávio Coelho Fialho
Nascimento: 2 de dezembro de 1960
Local de nascimento: Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Morte: 22 de agosto de 1993 (32 anos)
Local de morte: Unaí, MG
Nacionalidade: Brasileiro
Gênero musical: MPB
Ocupação: Baixista e compositor
Filho: Chico Chico
Instrumento: Baixo elétrico e acústico
Gravadoras: Independente, EMI-Odeon, Ariola, PolyGram
Um Começo Promissor
Tavinho Fialho deu seus primeiros passos na música em 1979, ao integrar a banda Sabor de Veneno, liderada pelo icônico Arrigo Barnabé. Durante esse período, ele participou das gravações do emblemático álbum “Clara Crocodilo” (1980), uma das obras mais influentes da música experimental brasileira. Tavinho tocou baixo e backing vocals no álbum e participou de todos os shows da banda até sua dissolução em 1981.
A Jornada com Caetano Veloso
Um dos pontos altos da carreira de Tavinho foi sua colaboração com Caetano Veloso. Ele integrou a A Outra Banda da Terra, que acompanhou Caetano em diversas apresentações, consolidando-se como parte importante dessa formação. Entre as canções mais marcantes que gravou com Caetano está “Podres Poderes”, um clássico da MPB que ressalta a crítica social com uma base instrumental sofisticada, enriquecida pela presença do baixo de Tavinho.
Legião Urbana e Outras Aventuras Musicais
Nos anos 90, Tavinho teve a oportunidade de trabalhar com a Legião Urbana, durante a turnê do álbum “V” (1991). Sua participação nos shows ao vivo da banda foi crucial, agregando profundidade às apresentações da turnê. Além disso, ele também deixou sua marca em colaborações com Adriana Calcanhotto, no álbum “Senhas” (1992), e Zélia Duncan, no álbum homônimo de 1994.
Vida Pessoal e Legado
Na vida pessoal, Tavinho Fialho era amigo próximo da cantora Cássia Eller, e essa proximidade resultou em colaborações marcantes. Ele participou como baixista da banda de Cássia e juntos compuseram a música “Eles”, presente no álbum “O Marginal” (1992). Embora nunca tivessem oficializado publicamente um relacionamento, Tavinho e Cássia tiveram um filho, Francisco Ribeiro Eller, conhecido como Chico Chico, nascido em 28 de agosto de 1993, apenas seis dias após a morte de Tavinho.
A tragédia que tirou a vida de Tavinho uma semana antes do nascimento de seu filho deixou uma marca dolorosa na cena musical. No entanto, Chico Chico seguiu o caminho musical dos pais, adotando esse nome artístico e dando continuidade ao legado musical da família.
Homenagens e Influência
O impacto de Tavinho na música brasileira foi enorme. Um exemplo de seu legado pode ser encontrado na canção “Love In The Afternoon”, do álbum “O Descobrimento do Brasil”, da Legião Urbana, que foi dedicada a ele como uma homenagem de seus colegas de música. A presença de Tavinho era tão marcante que Renato Russo, vocalista da banda, fez questão de eternizar sua memória na faixa.
Discografia Marcante
Tavinho Fialho participou de diversas gravações importantes ao longo de sua carreira. Abaixo estão alguns dos álbuns mais marcantes que contaram com sua contribuição como baixista:
- 1980: “Clara Crocodilo” – Arrigo Barnabé e a Banda Sabor de Veneno
- 1983: “A Gota Suspensa” – A Gota Suspensa
- 1984: “Velô” – Caetano Veloso
- 1987: “Caetano” – Caetano Veloso
- 1989: “Estrangeiro” – Caetano Veloso
- 1990: “Karai-Eté” – Duo Fênix
- 1991: “Circuladô” – Caetano Veloso
- 1992: “Música p/ Acampamentos” – Legião Urbana
- 1992: “Senhas” – Adriana Calcanhotto
- 1992: “O Marginal” – Cássia Eller
- 1994: “Zélia Duncan” – Zélia Duncan
Além desses álbuns, algumas gravações póstumas contaram com a participação de Tavinho, como “Presente” (2003), de Renato Russo.
Conclusão
Tavinho Fialho foi um músico de talento inegável, cuja influência se espalhou por diversos gêneros e artistas da música brasileira. Sua habilidade com o baixo elétrico e acústico, sua sensibilidade musical e seu trabalho em álbuns históricos o tornaram uma figura fundamental da MPB e do rock nacional. Apesar de sua partida precoce, o legado de Tavinho continua vivo, seja através de suas gravações ou na música de seu filho, Chico Chico.
Sua memória é celebrada por fãs, amigos e colaboradores que reconhecem o impacto que ele deixou na música brasileira.
FAQs
Quem foi Tavinho Fialho?
Tavinho Fialho foi um talentoso baixista e compositor brasileiro que contribuiu significativamente para a música brasileira, tocando com artistas renomados como Caetano Veloso, Legião Urbana e Cássia Eller.
Quais foram suas principais colaborações musicais?
Tavinho colaborou com nomes importantes da música brasileira, incluindo Caetano Veloso, Legião Urbana e Adriana Calcanhotto.
Como Tavinho Fialho é lembrado hoje?
Tavinho é lembrado por sua habilidade musical e pelas colaborações que deixou ao lado de grandes nomes da música, além de ser homenageado em diversas canções, como “Love In The Afternoon”, da Legião Urbana.
O que aconteceu com seu filho, Chico Chico?
Chico Chico, nascido dias após a morte de Tavinho, seguiu os passos dos pais na música e adotou esse nome artístico, continuando o legado familiar.
Discografia Marcante
- 1980: “Clara Crocodilo” – Arrigo Barnabé e a Banda Sabor de Veneno (Baixo, Backing Vocals)
- 1983: “A Gota Suspensa” – A Gota Suspensa (Baixo)
- 1983: “Essa tal de Gang 90 & As Absurdettes” – Gang 90 e as Absurdettes
- 1984: “Velô” – Caetano Veloso (Baixo)
- 1987: “Leo Gandelman” – Léo Gandelman (Baixo na faixa “Gente da Rua”)
- 1987: “Caetano” – Caetano Veloso (Baixo)
- 1989: “Estrangeiro” – Baixo nas faixas “Rai das Cores” e “Meia-Lua Inteira”
- 1990: “Karai-Eté” – Duo Fênix (Baixo na faixa “Raoni”)
- 1991: “Circuladô” – Caetano Veloso (Baixo nas faixas “Circuladô de Fulô,” “Boas Vindas,” e “O Cu do Mundo”)
- 1992: “Música p/ Acampamentos” – Legião Urbana (Baixo)
- 1992: “O Marginal” – Cássia Eller (Baixo; compositor na faixa “Eles”)
- 1992: “Senhas” – Adriana Calcanhotto (Baixo na faixa “Água Perrier”)
- 1994: “Zélia Duncan” – Zélia Duncan (Baixo na faixa “Nos Lençóis Desse Reggae”)
- 1996: “Renascendo” – Helio Matheus (Baixo)
- 2003: “Presente” – Renato Russo (Baixo na faixa “A Carta”)