João Pessoa Viagem

POR QUE IR?

A capital paraibana está sendo descoberta aos poucos. Além das belas praias, muito verde e a tranquilidade típica de uma pequena cidade interiorana fazem de João Pessoa um destino diferenciado no Nordeste brasileiro. Para ajudar, hospitalidade e segurança, o que não se encontra facilmente por aí.

O QUE HÁ PARA SE FAZER?

Da longa Tambaú à Ilha de Areia Vermelha, as praias são sempre excelentes. Mas há também a Ponta do Seixas, o ponto mais oriental do Brasil, e o pôr do sol, ao som do bolero, de Ravel, na Praia do Jacaré. À noite, vale a pena uma volta pela Av. Olinda, cheia de bares e restaurantes simpáticos.

PARA VER

O melhor passeio

Durante quatro horas, um passeio pelo tranquilo Rio Paraíba, saindo da Praia do Jacaré, passando por Cabedelo até o encontro com o mar. No retorno, por volta das 17h, o espetáculo do pôr do sol ao som do bolero, de Ravel, no sax do talentoso Jurandy, que se apresenta há mais de 20 anos em um bar da praia fluvial. Para ver o espetáculo sem ninguém para atrapalhar, chegue cedo. A Praia do Jacaré fica a 25 km de Tambaú. Várias operadoras fazem o passeio, que custa em torno de R$ 50.

A melhor praia

A beleza de Tambaba é para poucos. A famosa praia naturista é dividida em duas seções. Na primeira – uma praia pequenininha, com pedras e piscininhas naturais – não se pode tirar a roupa. Esse é o trecho que a maioria dos visitantes acaba conhecendo. Na segunda parte, é obrigatório tirar a roupa. Lá há uma praia razoavelmente extensa, com falésias, mata e grandes pedras. No canto direito, prainhas desenhadas entre pedras, que formam lindas piscinas naturais.

O melhor horário

Se quiser aproveitar sol e praia, o jeito é acordar bem cedo. Mas cedo mesmo. Pouco depois das 4 nasce o sol, que atinge o seu clímax antes das 9 horas. Às 5h, o pessoal da cidade já está correndo na praia de Cabo Branco. Em compensação, pouco depois das 14h, o sol começa a declinar, as praias se esvaziam. Por volta das 5 horas, ele já se pôs.

PARA COMER E BEBER

• Se a ideia é provar a culinária nordestina, nada melhor que o Mangai (83/3226 1615, Av. Gen. Edson Ramalho, 696, Manaira, R$ 24 por kg). Sovaco de cobra, a famosa buchada de bode, arroz de leite, feijão verde e outras delícias e esquisitices regionais estão no generoso e variado bufê. Depois, sorvetes de frutas da região e doces locais. Se bater um sono, há redes para descansar. Não serve bebida alcoólica e os garçons se vestem no estilo “cangaceiro”.

• Outro self-service famoso é o Boi Bumbar (83/3247 2847, R. Isidro Gomes, 246, R$ 31 por kg), que serve carnes e peixes e fantásticas saladas. Nos fins de semana, quando se formam grandes fi las de espera, a casa oferece drinques para os pacientes clientes.

• Quando quiser uma coisa mais leve, vá à Tapiocaria Tempero da Goma (83/9996-1436, Av. Olinda, 88, 3ª. a domingo a partir das 17h), na parte mais agitada de Tambaú. No cardápio, tapiocas salgadas (charque, carne de sol, bacalhau) e doces (com coco, doce de banana, doce de leite, banana frita).

• Se quiser provar uma boa carne de sol, vá à Tábua de Carne (83/3247-5970, Av. Sen. Rui Carneiro, 648, Manaíra, diariamente, a partir das 12 h). As porções são generosas e o atendimento muito profissional.

ESSENCIAIS

Para chegar lá

Há voos que chegam praticamente de todas as capitais. De carro, chega-se a João Pessoa pela BR-101, vindo de Natal (180 km ao norte) ou Recife (120 km ao sul. Uma boa alternativa para quem vem de Recife é entrar por Conde/ Jacumã e pegar a PB-008, que vai sair na praia de Cabo Branco.

Melhor época para ir

Com exceção dos meses de inverno, abril a julho, quando chove bastante, o resto do ano é quente e convidativo. Nem no Carnaval a cidade perde a tranquilidade.

PARA DORMIR

• Confortável e bem localizado, o Hotel Hardman (83/3216 8811, Av. João Maurício, 1341, diárias de R$ 144-226) é uma das melhores opções de hospedagem em João Pessoa. Tem quartos com móveis claros e chão de lajota; cozinha equipada e uma minissalinha.

• Situado em frente à Praia de Manaíra, fica a dez minutos de caminhada de Tambaú. O Hotel Littoral Express (83/2106 9900, Av. Alm. Tamandaré 370, diárias de R$ 158-189), em frente à praia de Tambaú, oferece quartos confortáveis e preços acessíveis. Uma decoração com toques modernos deixa os ambientes mais agradáveis.

• A construção circular, com três piscinas no centro, é uma das atrações do Tropical Hotel Tambaú (83/3218-1919, 0800-99-1511, Av. Alm. Tamandaré, 229, diárias de R$ 214-246) o maior da cidade. Os quartos não são luxuosos, mas acolhedores, e a localização, privilegiada.

• O Hotel Pouso das Águas (83/3226-5103, Av. Cabo Branco, 2348, diárias de R$ 100-120) tem uma piscina no meio de um jardim muito arborizado, áreas sociais aconchegantes, redes e um jeitão simpático de pousada. Fica em frente à Praia de Cabo Branco, a cinco minutos de carro de Tambaú. Para quem quer uma opção mais barata e fora da hospedagem padronizada dos grandes hotéis, vale conferir.

NOSSAS RECOMENDAÇÕES

Praias e praias

Com um centro pouco atrativo e distante, o melhor mesmo é ficar no pedaço entre as praias de Cabo Branco e Tambaú. Os melhores hotéis, bares e restaurantes da cidade estão lá. Além disso, as praias não decepcionam. Ao norte de Tambaú, fica o bairro residencial de Manaíra, onde se localiza o shopping da cidade. Na sequência, praias frequentadas pelos locais, que devem ser visitadas: Bessa, Intermares e Camboinha. Ao sul de Cabo Branco, a praia mais extensa da cidade, está a Ponta de Seixas, o ponto mais oriental do Brasil. De lá sai a rodovia PB-008, que vai até Tambaba, a famosa praia de naturismo. No caminho, as lindas praias de Tabatinga e Coqueirinho, com um mar de águas claras. Um dos passeios obrigatórios leva às piscinas naturais de Picãozinho, que podem ser alcançadas de barco na maré baixa. A saída é defronte ao Tropical Tambaú. Outra boa pedida é conhecer a Ilha de Areia Vermelha, um banco de areia que emerge na maré baixa, 20 dias por mês. Lanchas e barcas ancoram nesta “praia”, uma atração bem interessante.

Barroco colonial

Se quiser fugir dos roteiros tradicionais, a vizinha Lucena vale a visita. Nem tanto pelas praias, mas principalmente pelo Santuário de N.S da Guia, de 1591, um belo exemplar do barroco tropical. Sua construção, em alvenaria de pedra, coberta com estrutura de madeira e de pedra calcária, impressiona pela grandiosidade. A capela e o altar-mor são um primoroso trabalho em pedra calcária e reflete o estilo rococó. Se no dia da visita ela estiver fechada, não se desaponte: os vizinhos sabem onde encontrar o dono das chaves.